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Trump impõe tarifas à China e pode afetar a indústria brasileira

Ester Laís Costa Aquino

Especialistas alertam para aumento da concorrência chinesa, trazendo riscos para setores estratégicos ler

23 de fevereiro de 2025 - 19:30

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova rodada de tarifas sobre produtos chineses, aprofundando a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. Com a imposição de uma taxa de 10% sobre importações da China, a Casa Branca justifica a medida como uma forma de proteger a indústria americana e reduzir o déficit comercial.

“A China tem explorado nosso mercado há décadas, e chegou a hora de reverter essa situação”, declarou Trump durante um evento em Ohio.

Em resposta, Pequim anunciou a elevação de tarifas sobre produtos americanos, como soja e componentes eletrônicos, reforçando a tensão entre os países. Para o Brasil, essa nova escalada da guerra comercial pode gerar impactos profundos, principalmente ao intensificar a presença da China no mercado global. O gigante asiático, já consolidado como maior parceiro comercial do Brasil, pode ampliar ainda mais sua influência, pressionando setores estratégicos da indústria nacional.

Crescente presença chinesa 

Com a barreira tarifária dos EUA, a China busca novos mercados para escoar seus produtos, e o Brasil se torna um destino natural. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam que, atualmente, 24,2% das importações brasileiras vêm da China. Com o novo cenário, esse percentual pode crescer ainda mais, ampliando a concorrência para empresas nacionais.

“A China já se preparava para essa segunda guerra comercial com os EUA. Agora, sua estratégia de diversificação se acelera, e o Brasil precisa estar pronto para lidar com esse impacto”, explica Marcos Jank, coordenador do Agro Global do Insper.

O setor industrial brasileiro é um dos mais afetados. A entrada de produtos chineses, geralmente com preços mais baixos devido a subsídios governamentais e produção em larga escala, pode enfraquecer a competitividade local.

“O consumidor pode se beneficiar no curto prazo com preços mais acessíveis, mas, a longo prazo, a indústria nacional perde espaço e empregos podem ser comprometidos”, alerta Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

A ascensão chinesa no comércio global já representa um desafio para diversas áreas da economia brasileira. Com a nova rodada de tarifas americanas, a presença chinesa pode se expandir ainda mais, impactando diretamente setores como:

  • Indústria de máquinas e equipamentos: O setor já registra queda de 8% no faturamento em 2024 devido à concorrência com produtos chineses mais baratos. Empresas brasileiras enfrentam dificuldades para competir em preços, e muitas buscam formas de inovar para manter mercado.
  • Indústria têxtil e de vestuário: A entrada massiva de produtos chineses, impulsionada por plataformas como Shein e AliExpress, pressiona ainda mais fabricantes brasileiros. “Se não houver regulação e incentivos para a produção nacional, muitas empresas podem não sobreviver”, alerta Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
  • Indústria automobilística: Com custos elevados de produção e dificuldades no acesso ao crédito, montadoras brasileiras podem perder mercado para modelos chineses, que chegam ao país a preços competitivos e com tecnologia avançada.

Além disso, setores como siderurgia, eletrônicos e produtos químicos também devem sofrer impactos diretos. O fortalecimento das exportações chinesas pode desestabilizar cadeias produtivas brasileiras, levando à necessidade de novas políticas para proteção da indústria nacional.

Efeitos econômicos e pressão sobre o câmbio

A guerra comercial entre EUA e China também influencia o câmbio e a inflação no Brasil. O fortalecimento do dólar, impulsionado pela política tarifária americana, pode tornar matérias-primas importadas mais caras e elevar os custos de produção.

“Com um dólar mais forte, o preço de insumos e bens intermediários sobe, pressionando a inflação e impactando a competitividade das empresas brasileiras”, explica Marcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Além disso, a necessidade de importar peças e componentes para a indústria brasileira pode se tornar ainda mais onerosa. O setor agrícola também acompanha a movimentação com atenção. Embora a China seja o maior destino das exportações de commodities brasileiras, sua disputa com os EUA pode gerar mudanças nas relações comerciais.

“Se a China aumentar sua produção interna para reduzir dependências externas, o Brasil pode perder mercado para soja e carne”, alerta Jank.

A China já se consolidou como potência econômica e comercial, e as tarifas impostas pelos EUA apenas aceleram seu movimento de expansão para novos mercados. Nos últimos anos, Pequim fortaleceu laços comerciais com América Latina, África e Europa, investindo em infraestrutura e tecnologia para garantir acesso privilegiado a diferentes países.

A Iniciativa do Cinturão e Rota, lançada pelo governo chinês, é um exemplo da estratégia de influência global. Através de investimentos bilionários em infraestrutura e logística, a China amplia sua presença econômica e estabelece uma rede comercial robusta.

“O Brasil precisa entender que a China não é apenas um fornecedor, mas um competidor global em diversos setores. Se não investirmos em inovação e produtividade, seremos apenas um mercado consumidor para os chineses”, alerta Pimentel.

Como o Brasil pode reagir?

Diante da ascensão chinesa e do impacto das tarifas americanas, especialistas defendem medidas para fortalecer a economia brasileira e garantir a competitividade da indústria nacional. Entre as principais ações sugeridas estão:

  • Política industrial eficiente: Criar incentivos para inovação, tecnologia e modernização da produção.
  • Acordos comerciais estratégicos: Ampliar parcerias com outros países e blocos econômicos para diversificar mercados.
  • Regulação e fiscalização: Controlar a entrada de produtos importados que concorram de forma desleal com a indústria nacional.
  • Incentivo ao consumo de produtos brasileiros: Campanhas para valorizar a produção local podem ajudar setores mais afetados.

A economia brasileira enfrenta um momento decisivo diante da disputa entre EUA e China. Se por um lado há riscos de desindustrialização, por outro, o Brasil pode aproveitar o cenário para se fortalecer como um player relevante no comércio global.

“O país precisa sair da posição de espectador e agir estrategicamente para proteger sua indústria e garantir crescimento sustentável”, conclui Roscoe.

Redator: Ester Laís Costa Aquino

Revisor: Diogo A. Cirillo

Reprodução Imagem: goodnewsfromindonesia

Ester Laís Costa Aquino Ester Laís Costa Aquino é uma estudante de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (UNESP), onde ingressou em 2024. Ela é uma das integrantes da Geo, uma organização estudantil da UNESP que visa a democratização do ensino público, e faz parte da equipe da Secretaria Geral.Sua trajetória acadêmica inclui marcos como a participação no Huirsp (Harvard University International Relations Scholars Program), onde obteve uma bolsa integral, e no OxBright, programa da Universidade de Oxford, no qual publicou o artigo Economic Policy as a Tool for Promoting Peace no OxJournal. Ester também conquistou bolsas nos programas da Immerse Education, nas categorias de Liderança Feminina na universidade de Cambridge

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