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Menores e fragmentados, mas ainda relevantes? ler
Durante o segundo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos, os protestos contra suas políticas mudaram radicalmente. Em vez de grandes marchas, o cenário atual revela manifestações menores, descentralizadas e muito mais frequentes. Segundo dados do Crowd Counting Consortium, da Universidade de Harvard, só em fevereiro de 2025, o país registrou mais de 2 mil protestos — o dobro do observado em 2017. Esse aumento chama atenção, principalmente porque os eventos reúnem menos pessoas. Afinal, o que explica essa transformação e quais são suas consequências?
Criatividade e nichos substituem multidões
No último sábado, por exemplo, cerca de 200 manifestantes ocuparam uma rua em Brooklyn, Nova York. O alvo foi Elon Musk, conselheiro próximo de Trump e CEO da Tesla. Com tamborins, faixas coloridas e cartazes bem-humorados — como “Buzine se você acha Elon um chato” —, o grupo protestou de forma criativa. A cena ilustra a nova dinâmica da resistência: ações mais nichadas, lideradas por ativistas experientes, mas com menor participação de jovens.
Dados mostram queda na adesão
Jeremy Pressman, co-diretor do Crowd Counting Consortium, observa que o número médio de participantes por protesto em 2025 varia entre 60 e 88 pessoas. Essa realidade contrasta fortemente com as megamarchas do primeiro governo Trump, como a Women’s March (4,6 milhões em 2017) e os protestos do Black Lives Matter (até 26 milhões em 2020).
Três fatores explicam a mudança
Mas o que motivou essa mudança? Três fatores principais explicam o novo perfil dos protestos. Primeiro, o cansaço político. A eleição de Trump em 2024 — dessa vez com vitória no voto popular — desmotivou parte da oposição, que passou a duvidar da eficácia das ruas como ferramenta de pressão. Em segundo lugar, surgiram novos riscos. Leis estaduais anti-protesto e o uso crescente de tecnologias de vigilância, como o reconhecimento facial, criaram um ambiente de medo. Hoje, organizadores alertam: “Use máscaras, desative o GPS do celular e leve contatos de emergência anotados no corpo.” Por fim, destaca-se a adoção de uma estratégia descentralizada. Movimentos como o 50501 (“50 estados, 50 protestos, 1 movimento”) investem em ações locais, buscando fortalecer comunidades e construir resistência de base, mesmo sem grande visibilidade nacional.
Fragmentação reduz impacto midiático
O impacto dessa nova abordagem divide opiniões. Enquanto mobilizações massivas tradicionalmente pressionam elites políticas, ações fragmentadas tendem a fortalecer redes locais, embora enfrentem dificuldades para ganhar espaço na mídia. Um ativista resumiu o dilema em um fórum no Reddit:
“Duzentas pessoas em cem protestos não viram notícia; vinte mil em uma marcha viram.”
Segurança versus visibilidade
Enquanto alguns enxergam esse momento como um “processo de incubação” para futuras grandes mobilizações, outros temem o esvaziamento da resistência. Com leis mais rígidas e um ambiente político altamente polarizado, o ativismo norte-americano se vê diante de um dilema urgente: como manter a segurança dos participantes sem abrir mão da visibilidade necessária para causar impacto?
Redação: Ruan Cezar Barboza
Coautor: Guilherme Domingues
Foto de Joseph Chan na Unsplash