A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Marília anunciou, no final da manhã desta sexta-feira, 4 de setembro, o boletim nº 186 com a atualização de 57 novos casos confirmados para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2) no município. Média móvel e casos em transmissibilidade alcançaram os maiores registros de toda a quarentena.

De acordo com o informe, houve aumento no número total de casos descartados, pacientes internados (com suspeita ou confirmação da doença) e curados. O total de casos suspeitos e óbitos sob investigação diminuíram em relação ao informe anterior.

Variações do boletim

Com esses dados, Marília registrou o maior valor da média móvel (relação temporal de casos nos últimos sete dias) de casos confirmados de toda a quarentena. A relação desta média com a de curados também continua maior. Enquanto a média de novos casos é de 34,29, a de curados está em 16,14.

Sobre a variação da média móvel de confirmados nos últimos 14 dias, houve um aumento de 47,24%, o que caracteriza uma acentuação na curva de infectados. Especialistas consideram estabilidade quando a variação não ultrapassa, neste período, os 15%, para mais ou para menos.

Com os números atualizados, Marília continua a ter mais casos na relação entre as duas últimas semanas. Nos últimos sete dias, o município apresentou 240 casos positivos, enquanto que nos sete dias anteriores ao período, foram 212 casos.

Os números de casos em situação de transmissibilidade (quando o vírus pode passar de uma pessoa infectada para outra pessoa) aumentou em relação ao dia anterior, registrando 262 casos transmissíveis, o que também se estabelece como o maior registro durante a quarentena em Marília. Sobre os munícipes que aguardam resultado de exames, a cidade apresentou 176 novas suspeitas, já considerando os 189 casos descartados.

Número de casos

Os dados da Vigilância Epidemiológica de Marília contabilizam, assim, 648 suspeitas (aguardando resultados). São 43 pessoas, sem confirmação da doença, internadas (não há informações sobre o tipo de leito, se clínico ou UTI). Outros 9427 casos já foram descartados. De acordo com o novo boletim, não há mais óbitos considerados suspeitos.

Por fim, são 2054 casos já confirmados, sendo 30 óbitos e outros 1762 considerados curados. Assim, o número de casos positivos evoluído para efetiva recuperação é de 85,78%. Já a taxa de mortalidade é de 1,46%. 28 pessoas com teste positivo para Covid-19, segundo o boletim, estariam internadas.

Com isso, 262 casos ainda são acompanhados e considerados passíveis de transmissão, sendo 12,7% das confirmações. Em números totais, portanto, a cidade tem 12129 notificações, sendo que 5,34% aguardam resposta.

Evolução dos casos suspeitos e confirmados na cidade

De acordo com o Plano São Paulo, a evolução de casos, óbitos e média de internações, em períodos subsequentes de sete dias, são critérios utilizados no cálculo que define a pontuação da região para a liberação das fases do plano (regionalmente). Todos esses números estão disponíveis nos gráficos elaborados pelo Marília do Bem, atualizados a cada boletim.

Ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e quantidade de leitos de UTIs para cada 100 mil habitantes também são considerados, mas à parte, como critério específico. Entre evolução da pandemia e estrutura hospitalar, se considera a pior nota, de acordo com o Plano São Paulo.

Esses últimos dados ainda não estão disponíveis diariamente, entretanto, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou, em transmissão ao vivo, que disponibilizará esses dados sistematicamente à imprensa e no portal de transparência. Entretanto, a Vigilância Epidemiológica publicou a aplicação dos dados referentes à semana epidemiológica findada no dia 25 de julho, defasados em mais de um mês. Inclusive, após essa data, o governo paulista até já mudou critérios para o cálculo da fase do Plano São Paulo. Continuamos no aguardo desses números, conforme anunciado pelo chefe do Executivo.

O Marília do Bem compila os dados oficiais da Vigilância Epidemiológica. Contudo, a cada boletim, nós os apresentamos de forma gráfica para uma melhor análise das hipóteses da disseminação na cidade por acreditar que processar e entender esses números é importante em situações de crise. Veja abaixo:

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