A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Marília anunciou, no final da manhã deste sábado, 20 de junho, o boletim nº 107, com 23 novos casos confirmados de Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2) na cidade, um recorde desde o início da pandemia. Nota oficial também traz diminuição no total de suspeitas.

Aumento de casos

Em junho, a cidade já teve um aumento de mais de 178% dos casos confirmados. Em 31 de maio eram 92 casos positivos. Hoje, 256. Com esses 23 novos casos positivos do último boletim, Marília volta a superar números totais dos últimos sete dias em comparação aos sete dias anteriores, além de superar a marca de 19 positivos em um único dia (no dia 16 de junho).

Desde  1º de junho, a cidade ‘saltou’ de 96 para 256, um aumento de 160 casos confirmados. Sobretudo, os números de casos em situação de transmissibilidade (quando o vírus pode passar de uma pessoa infectada para outra pessoa), diminuiu, passando de 59, no início do mês, para 55.

De acordo com o Plano São Paulo, a evolução de casos, óbitos e média de internações, em períodos subsequentes de sete dias, são critérios utilizados no cálculo que define a pontuação da região para a liberação das fases do plano (regionalmente). Nos últimos sete dias, o município apresentou 104 novos casos positivos, enquanto que nos sete dias anteriores ao período, foram 30 casos.

A média de casos diários dos últimos sete dias, comparada com a média dos sete dias anteriores também apresenta aumento significativo, passando de 4,3 casos por dia para 14,8. Um crescimento de quase 4 vezes em apenas uma semana. Todos esses números estão disponíveis nos gráficos elaborados pelo Marília do Bem, atualizados a cada boletim.

Ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e quantidade de leitos de UTIs para cada 100 mil habitantes também são considerados, mas à parte, como critério específico. Entre evolução da pandemia e estrutura hospitalar, se considera a pior nota, de acordo com o Plano São Paulo. Esses últimos dados ainda não estão disponíveis, entretanto, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou ontem, em transmissão ao vivo, que disponibilizará esses dados sistematicamente à imprensa e no portal de transparência.

Suspeitas

Desde o dia 11 de junho, o município passou a inserir os dados dos Programas Redcap e SIVEP Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe), que não haviam sido migrados para o sistema oficial eSUS-VE Notifica (base de dados oficial do Sistema Único de Saúde para Notificações da Vigilância Epidemiológica), para atualização do boletim.

Esta informação foi divulgada após questionarmos os números de inclusões de causas suspeitas que haviam aumentado e causado surpresa. No entanto, no boletim de hoje não consta esta informação, mesmo com altos números de suspeitos e descartados. Com isso, o município tem 61 novas suspeitas (considerando os 131 descartados).

O número de pacientes internados, com suspeita ou confirmação para Covid-19, caiu para 30. Entretanto, dentre estes pacientes, o número de confirmados aumentou de 11 para 13. O boletim não traz a condição dos pacientes ou especificação de leito clínico ou UTI.

Número de casos

Os dados da Vigilância Epidemiológica de Marília contabilizam, assim, 274 suspeitas (aguardando resultados). São 17 pessoas, sem confirmação da doença, internadas (sem informações sobre o tipo de leito, se clínico ou UTI). Outros 1.325 casos já foram descartados. De acordo com o novo boletim, três óbitos suspeitos ainda são investigados.

Por fim, são 256 casos já confirmados, sendo sete óbitos e outros 194 considerados curados. Assim, o número de casos positivos evoluído para efetiva recuperação é de 75%. 13 pessoas com teste positivo para Covid-19, segundo o boletim, estariam internadas.

Com isso, 55 casos ainda são acompanhados e considerados passíveis de transmissão. Em números totais, portanto, a cidade tem 1.855 notificações, sendo que 14,7% aguardam resposta.

Evolução dos casos suspeitos e confirmados na cidade

O Marília do Bem compila os dados oficiais da Vigilância Epidemiológica. Contudo, a cada boletim, nós os apresentamos de forma gráfica para uma melhor análise das hipóteses da disseminação na cidade por acreditar que processar e entender esses números é importante em situações de crise. Veja abaixo:

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