A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Marília anunciou, no final da manhã desta quinta-feira, 27 de agosto, o boletim nº 178 com a atualização de 31 novos casos confirmados para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2) no município. Informe também traz aumento no número de pacientes internados e a confirmação de mais dois óbitos.

Ainda de acordo com o informe, houve aumento no número total de casos suspeitos, descartados, curados, transmissíveis e óbitos suspeitos.

Óbitos

De acordo com o site da Prefeitura, o primeiro óbito se refere a um homem de 67 anos que não utilizava os serviços de saúde municipal. Ele era portador de diabetes mellitus, doença cardíaca crônica e doença renal crônica. Segundo a nota, ele apresentou sintomas no dia 8 de agosto e foi internado dia 11, com liberação de resultado positivo para Covid-19 no dia seguinte. Ele veio a óbito ontem (26).

O segundo caso é de uma mulher de 42 anos, portadora de obesidade e doença cardíaca crônica. Ela também não utilizava os serviços de saúde municipal, tendo apresentado início dos sintomas no dia 15 de agosto, sendo internada no dia 20, com liberação de resultado positivo para Covid-19 no dia 24. O óbito também ocorreu na quarta-feira, dia 26.

Marília chega ao 29º registro de morte por coronavírus em Marília, desde o início da pandemia da Covid-19. Com o atual registro, informado pelo Poder Público nesta quinta-feira (27), a cidade já contabiliza mais mortes em agosto, com 10 até o momento, do que em julho, que registrou sete. Junho continua como o mês com o maior registro de óbitos, com 11. Antes disso, a cidade só tinha registrado um caso letal.

Entretanto, considerando a taxa de letalidade das infecções mês a mês, agosto já apresenta a segunda porcentagem mais alta, sendo ontem ela ainda era a mais baixa. Com 787 casos confirmados desde o boletim epidemiológico de 1º de agosto, esta taxa seria de 1,27%. Em julho, com 629 confirmados, este número é de 1,11%. Junho registra a maior taxa: com 272 casos, a letalidade da doença ficou em 4,04%. Nos meses anteriores esse valor é de 1,25%, considerando os 80 casos até 31 de maio.

Variações do boletim

Com os novos dados, ainda sim Marília volta a registrar leve queda na média móvel (relação temporal de casos nos últimos sete dias) de casos confirmados. Já a relação desta média com a de curados continua maior. Enquanto esta média de novos casos é de 27,86, a de curados está em 18,86. Sobre a variação da média móvel de confirmados nos últimos 14 dias é de uma queda de 8,45%, o que caracteriza uma estabilidade com tendência a uma diminuição da curva de infectados.

Com os números atualizados, Marília continua a ter mais casos na relação entre as duas últimas semanas. Nos últimos sete dias, o município apresentou 195 casos positivos, enquanto que nos sete dias anteriores ao período, foram 192 casos.

Os números de casos em situação de transmissibilidade (quando o vírus pode passar de uma pessoa infectada para outra pessoa) aumentou em relação ao dia anterior, registrando agora 215 casos transmissíveis. Este é o maior número de casos nessa situação desde o início da pandemia, superando os dados informados no boletim do dia 14 de agosto, quando esse número somava 208 pacientes.

Sobre os munícipes que aguardam resultado de exames, a cidade apresentou 191 novas suspeitas, já considerando os 162 casos descartados.

Número de casos

Os dados da Vigilância Epidemiológica de Marília contabilizam, assim, 541 suspeitas (aguardando resultados). São 44 pessoas, sem confirmação da doença, internadas (não há informações sobre o tipo de leito, se clínico ou UTI). Outros 8179 casos já foram descartados. De acordo com o novo boletim, agora três óbitos são considerados suspeitos.

Por fim, são 1780 casos já confirmados, sendo 29 óbitos e outros 1536 considerados curados. Assim, o número de casos positivos evoluído para efetiva recuperação é de 86,2%. Já a taxa de mortalidade é de 1,63%. 20 pessoas com teste positivo para Covid-19, segundo o boletim, estariam internadas.

Com isso, 215 casos ainda são acompanhados e considerados passíveis de transmissão, sendo 12% das confirmações. Em números totais, portanto, a cidade tem 10500 notificações, sendo que 5,15% aguardam resposta.

Evolução dos casos suspeitos e confirmados na cidade

De acordo com o Plano São Paulo, a evolução de casos, óbitos e média de internações, em períodos subsequentes de sete dias, são critérios utilizados no cálculo que define a pontuação da região para a liberação das fases do plano (regionalmente). Todos esses números estão disponíveis nos gráficos elaborados pelo Marília do Bem, atualizados a cada boletim.

Ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e quantidade de leitos de UTIs para cada 100 mil habitantes também são considerados, mas à parte, como critério específico. Entre evolução da pandemia e estrutura hospitalar, se considera a pior nota, de acordo com o Plano São Paulo.

Esses últimos dados ainda não estão disponíveis diariamente, entretanto, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou, em transmissão ao vivo, que disponibilizará esses dados sistematicamente à imprensa e no portal de transparência. Entretanto, a Vigilância Epidemiológica publicou a aplicação dos dados referentes à semana epidemiológica findada no dia 25 de julho, com defasados em mais de um mês. Inclusive, após essa data, o governo paulista até já mudou critérios para o cálculo da fase do Plano São Paulo. Continuamos no aguardo desses números, conforme anunciado pelo chefe do Executivo.

O Marília do Bem compila os dados oficiais da Vigilância Epidemiológica. Contudo, a cada boletim, nós os apresentamos de forma gráfica para uma melhor análise das hipóteses da disseminação na cidade por acreditar que processar e entender esses números é importante em situações de crise. Veja abaixo:

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