Evolução viral: ômicron escalou o pico do sucesso, mas pode perder o trono em breve
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Evolução viral: ômicron escalou o pico do sucesso, mas pode perder o trono em breve
Explicamos por que a ômicron ainda não deve ser a última variante a enfrentarmos nesta pandemia ler
“A pandemia vai desaparecer, a covid-19 vai se tornar uma doença menos frequente, mas o sars-cov-2 nunca vai se extinguir.” Foi isso o que ouvi do virologista Paulo Brandão ao pedir para ele traçar o cenário mais provável para o nosso futuro em relação à pandemia. Pergunto, então, em quanto tempo isso vai acontecer. “Acredito que seja numa escala de anos, e não de décadas, se olharmos para outros coronavírus. Mas, certamente, o fim da pandemia não vai ser em 2022. Há uma grande probabilidade que ainda haja outras variantes de preocupação.”
O professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP não tem bola de cristal. Para chegar até esta resposta, além de todos os indicativos que as pesquisas de outros cientistas têm trazido, e que acompanha diariamente, ele conta com sua experiência de mais de 20 anos estudando os coronavírus e sua evolução. Se a variante ômicron e sua vertiginosa dispersão pelo mundo surpreenderam alguns, ela não representa nada muito diferente do que poderia ser esperado por quem, como ele, monitora a evolução viral.
Paulo Brandão, aliás, foi o primeiro especialista que entrevistei nesta pandemia, lá no início de 2020. Naquela ocasião, ele já havia me dito como a transmissão do vírus se dava pelo ar, e não tanto por fômites (termo mais técnico para superfícies, como a maçaneta, o corrimão e outros objetos). Algumas semanas depois, o vírus chegava ao Brasil e lá estava eu limpando as compras, pensando que ele poderia ter se enganado, ou que de repente esse era um vírus muito diferente nesse aspecto. Não era esse o caso: hoje, finalmente órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Centers for Disease Control and Prevention (CDC) já reconhecem a via aérea como a principal forma de transmissão.
Mas essa é apenas uma historinha curiosa. Dois anos trágicos se passaram, e já sabemos muito mais sobre este vírus do que naquele início. Volto então a entrevistá-lo, desta vez no pico de casos de uma nova variante. Logo de início, ele já tira minhas esperanças de que esta seria a última variante mais perigosa desta pandemia – “variante de preocupação”, para traduzir o termo usado pela OMS. Mesmo assim, o conhecimento deste cientista sobre a evolução dos coronavírus em sua interação com os hospedeiros consegue me tranquilizar. Podemos ter dias amargos ainda, mas certamente não é para sempre. E as vacinas serão grande parte da solução da crise.