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Neste sábado, informe epidemiológico traz novo recorde de número de pacientes internados e aumento da média móvel pela quinta semana epidemiológica seguida ler
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Marília anunciou, no final da manhã deste sábado, 15 de agosto, o boletim nº 166 com a atualização de 24 novos casos confirmados para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2) no município. Informe também traz novo recorde de número de pacientes internados e maior média móvel pela quinta semana epidemiológica seguida.
De acordo com a divulgação, houve ainda aumento no número total de casos suspeitos, descartados e curados. Nenhum óbito foi registrado e uma morte ainda está sob investigação. O total de casos transmissíveis diminuiu em relação ao informe anterior.
Média móvel e semana epidemiológica
Como o Poder Público municipal divulga os dados consolidados no dia, é bem provável que esses dados não representem a situação diária da pandemia na cidade pelo fato de que os números de cada boletim se referem à inclusão desses números em um banco de dados.
Com isso, não é divulgado à população os detalhes de cada ocorrência que são sensíveis às análises periódicas, como, por exemplo, o dia em que um possível paciente começou a apresentar os sintomas, em que dia, em relação aos sintomas, se apresentou a uma unidade de saúde e em qual dia da evolução da doença no organismo os dados foram consolidados e apresentados publicamente. Esses dados só têm sido divulgados quando relacionados aos óbitos confirmados.
Assim é necessário adotar outros meios estatísticos para se analisar esses dados. Como já vem sendo apresentado pela grande imprensa nacional, que tem as mesmas dificuldades que apresentamos acima, passou-se a divulgar também o cálculo da média móvel, um dado que se utiliza da média temporal, neste caso dos sete dias que correspondem à 33ª semana epidemiológica, de 9 a 15 de agosto.
Por convenção internacional as semanas epidemiológicas são contadas de domingo a sábado. A primeira semana do ano é aquela que contém o maior número de dias de janeiro e a última a que contém o maior número de dias de dezembro. O Ministério da Saúde disponibiliza as semanas epidemiológicas de 2020 neste arquivo.
Maior registro
Em Marília, nos últimos dias tivemos discrepâncias ao apresentar quatro casos em um dia, depois 67 casos e agora 24. Uma oscilação visível e questionada pelo público do Marília do Bem. Com a análise da média móvel, podemos ver a evolução desses dados durante toda a pandemia. No último dia da semana epidemiológica anterior esse valor era de 31,43 casos por dia na média dos últimos sete dias.
Já hoje (15), essa média passou para 32 casos, novamente o maior registro para uma semana epidemiológica desde o início da pandemia. Por essa média, a cidade teria confirmado um caso novo a cada 45 minutos. Comparado com a média móvel de casos considerados curados a cada boletim, que hoje está em 27, a média de confirmações a supera pelo 16º dia seguido. Essa relação só se mostrou contrária pela última vez no boletim do dia 30 de julho.
Confira o gráfico que elaboramos:
Variações do boletim
Com os números atualizados, Marília continua a ter mais casos na relação entre as duas últimas semanas. Nos últimos sete dias, o município apresentou 224 casos positivos, enquanto que nos sete dias anteriores ao período, foram 220 casos.
Os números de casos em situação de transmissibilidade (quando o vírus pode passar de uma pessoa infectada para outra pessoa) diminuiu em relação ao dia anterior, registrando agora 168 casos transmissíveis. Sobre os munícipes que aguardam resultado de exames, a cidade apresentou 140 novas suspeitas, já considerando os 70 casos descartados.
Número de casos
Os dados da Vigilância Epidemiológica de Marília contabilizam, assim, 614 suspeitas (aguardando resultados). São 35 pessoas, sem confirmação da doença, internadas (não há informações sobre o tipo de leito, se clínico ou UTI). Outros 6435 casos já foram descartados. De acordo com o novo boletim, um óbito é considerado suspeito.
Por fim, são 1463 casos já confirmados, sendo 24 óbitos e outros 1271 considerados curados. Assim, o número de casos positivos evoluído para efetiva recuperação é de 86,8%. Já a taxa de mortalidade é de 1,64%. 20 pessoas com teste positivo para Covid-19, segundo o boletim, estariam internadas.
Com isso, 168 casos ainda são acompanhados e considerados passíveis de transmissão, sendo 11,4% das confirmações. Em números totais, portanto, a cidade tem 8512 notificações, sendo que 7,2% aguardam resposta. Todos os dados dos informes epidemiológicos da Prefeitura de Marília só dizem respeito a munícipes marilienses.
Evolução dos casos suspeitos e confirmados na cidade
De acordo com o Plano São Paulo, a evolução de casos, óbitos e média de internações, em períodos subsequentes de sete dias, são critérios utilizados no cálculo que define a pontuação da região para a liberação das fases do plano (regionalmente). Todos esses números estão disponíveis nos gráficos elaborados pelo Marília do Bem, atualizados a cada boletim.
Ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e quantidade de leitos de UTIs para cada 100 mil habitantes também são considerados, mas à parte, como critério específico. Entre evolução da pandemia e estrutura hospitalar, se considera a pior nota, de acordo com o Plano São Paulo.
Esses últimos dados ainda não estão disponíveis diariamente, entretanto, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou, em transmissão ao vivo, que disponibilizará esses dados sistematicamente à imprensa e no portal de transparência. Entretanto, a Vigilância Epidemiológica publicou a aplicação dos dados referentes à semana epidemiológica findada no dia 25 de julho, com dados de uma semana atrás. Continuamos no aguardo desses números, conforme anunciado pelo chefe do Executivo.
O Marília do Bem compila os dados oficiais da Vigilância Epidemiológica. Contudo, a cada boletim, nós os apresentamos de forma gráfica para uma melhor análise das hipóteses da disseminação na cidade por acreditar que processar e entender esses números é importante em situações de crise. Veja abaixo:
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