A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Marília anunciou, no final da manhã desta terça-feira, 28 de julho, o boletim nº 146, com a atualização de 46 novos casos positivos para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2) na cidade. Informe também volta a trazer aumento no número total de internados.

Depois de não apresentar nenhuma alteração nos dados locais nesta segunda-feira (27), com exceção de uma diminuição de quatro pacientes internados, o boletim trouxe agora o aumento no número total de casos suspeitos aguardando exames, descartados, curados e transmissíveis. Já os dados de óbitos, confirmados ou em investigação, se mantiveram os mesmos.

A Prefeitura também não explicou se o ‘apagão’ dos números ontem foi um ocasionado por problema, como já havia acontecido na semana passada, ou uma coincidência oportuna.

Variações do boletim

De acordo com levantamento do Marília do Bem, 60,2% dos casos de Covid-19 em Marília foram registrados só nesse mês de julho. Em 30 de junho, a cidade havia registrado ao todo 364 casos. Desde então, esse número aumentou em 552 casos, chegando às 916 confirmações.

Com os números apresentados hoje, Marília continua a ter mais casos na relação entre as duas últimas semanas. Nos últimos sete dias, o município apresentou 203 casos positivos, enquanto que nos sete dias anteriores ao período, foram 121 casos. Assim, a média móvel (relação temporal de casos dos últimos sete dias) continua a apresentar aumento, chegando a seu maior registro, com média de 29 casos por dia.

Os números de casos em situação de transmissibilidade (quando o vírus pode passar de uma pessoa infectada para outra pessoa) aumentou, registrando agora 51 casos transmissíveis. Sobre os munícipes que aguardam resultado de exames, a cidade apresentou 205 novas suspeitas, considerando os 165 casos descartados entre os números comparados ao último boletim.

Número de casos

Os dados da Vigilância Epidemiológica de Marília contabilizam, assim, 818 suspeitas (aguardando resultados). São 32 pessoas, sem confirmação da doença, internadas (não há informações sobre o tipo de leito, se clínico ou UTI). Outros 4.192 casos já foram descartados. De acordo com o novo boletim, nenhum óbito conta como suspeito.

Por fim, são 916 casos já confirmados, sendo 18 óbitos e outros 847 considerados curados. Assim, o número de casos positivos evoluído para efetiva recuperação é de 92% e a taxa de mortalidade é de 1,9%. Nove pessoas com teste positivo para Covid-19, segundo o boletim, estariam internadas.

Com isso, 51 casos ainda são acompanhados e considerados passíveis de transmissão, sendo 5,5% das confirmações. Em números totais, portanto, a cidade tem 5.926 notificações, sendo que 13,8% aguardam resposta.

Evolução dos casos suspeitos e confirmados na cidade

De acordo com o Plano São Paulo, a evolução de casos, óbitos e média de internações, em períodos subsequentes de sete dias, são critérios utilizados no cálculo que define a pontuação da região para a liberação das fases do plano (regionalmente). Todos esses números estão disponíveis nos gráficos elaborados pelo Marília do Bem, atualizados a cada boletim.

Ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e quantidade de leitos de UTIs para cada 100 mil habitantes também são considerados, mas à parte, como critério específico. Entre evolução da pandemia e estrutura hospitalar, se considera a pior nota, de acordo com o Plano São Paulo.

Esses últimos dados ainda não estão disponíveis diariamente, entretanto, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou, em transmissão ao vivo, que disponibilizará esses dados sistematicamente à imprensa e no portal de transparência. Entretanto, a Vigilância Epidemiológica publicou a aplicação dos dados referentes à semana epidemiológica findada no dia 27 de junho, de mais de três semanas atrás, já com dados defasados. Continuamos no aguardo desses números, conforme anunciado pelo chefe do Executivo.

O Marília do Bem compila os dados oficiais da Vigilância Epidemiológica. Contudo, a cada boletim, nós os apresentamos de forma gráfica para uma melhor análise das hipóteses da disseminação na cidade por acreditar que processar e entender esses números é importante em situações de crise. Veja abaixo:

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