O prefeito Daniel Alonso “investiu” R$ 20 mil da verba publicitária da Prefeitura de Marília na Rádio e TV Campestre FM LTDA.

O valor é insignificante diante dos gastos milionários em publicidade e marketing institucional realizados em nome da população de Marília pela administração Daniel Alonso.

Até porque o rádio continua sendo uma grande força, tradicional na divulgação de marketing e publicidade no município. As audiências são altas e com impacto garantido na comunidade.

O que explica está escolha?

Atualmente, em Marília, existe três grupos sólidos que exploram a atividade de emissoras de rádio. O primeiro grupo é composto pelas emissoras Clube AM e Itaipu FM; o segundo grupo é composto pela Jovem Pan e Rádio 950 AM; e o terceiro grupo é liderado pela Rádio e TV Campestre FM.

As rádios Clube e Itaipu, no início da administração Daniel Alonso, chegou a receber verba de publicidade da prefeitura. Entretanto, um imbróglio envolvendo a família Alonso e os proprietários da concessão das duas emissoras em torno da compra dos horários da programação de forma integral acabou na Justiça Federal.

As emissoras ficaram fechadas por um tempo e o arrendamento ilegal para a filha do prefeito foi punido com multas. A reincidência poderia gerar cassação definitiva da outorga de exploração.

Desde então, o grupo manteve-se em oposição aberta ao prefeito Daniel Alonso e não foi mais contemplado com verbas publicitárias da prefeitura de Marília.

O segundo grupo é formado por duas emissoras que, supostamente, teria ligação política com o grupo da oposição. A 950 AM tem como sócio Abelardo Camarinha. Provavelmente, por este motivo, ambas emissoras não receberam verbas publicitárias do poder público local.

Já a Rádio e TV Campestre FM, única beneficiada, é controlada pelo Juliano, ex-candidato à prefeito de Marília e deputado federal. A atual administração realizou um processo de aproximação da emissora, mas logo foi rompido.

O grave é a dúvida que paira sobre as escolhas dos meios de comunicação onde é investido os recursos de publicidade da prefeitura de Marília.

O cenário parece indicar que as emissoras de rádio não possuem prioridade devido aos posicionamentos críticos da suas respectivas redações à administração Daniel Alonso.

Isto pode indicar tentativa de limitação do livre exercício do jornalismo crítico em defesa do interesse público. Um verdadeiro atentado à democracia.