A Polícia Civil de São Paulo identificou um suspeito de envolvimento no assassinato de Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, estudante da Universidade de São Paulo (USP), cujo corpo foi encontrado com marcas de agressão na zona leste da capital na última quinta-feira (17).

Bruna desapareceu no dia 13 de abril após sair da estação Corinthians-Itaquera, da linha 3-Vermelha do Metrô, por volta das 22h. Ela retornava para casa depois de passar o fim de semana na casa do namorado, no bairro do Butantã, zona oeste da cidade. A jovem foi vista pela última vez deixando a estação a pé, segundo registros de câmeras de segurança.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) realizam diligências nesta terça-feira (22) para localizar e prender o suspeito, cuja identidade não foi divulgada. A pasta informou que outras investigações continuam em andamento para esclarecer  os fatos.

O corpo da estudante foi encontrado em um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, na Vila Carmosina, a menos de dois quilômetros do local de seu desaparecimento. Bruna estava com roupas íntimas e apresentava sinais de violência, de acordo com o boletim de ocorrência registrado no 24º Distrito Policial da Ponte Rasa. A possibilidade de violência sexual ainda é investigada.

Segundo o namorado da vítima, Igor Sales, Bruna preferiu usar transporte público naquele domingo por conta da chuva. Ao chegar na estação, informou que estava com pouca bateria no celular e que havia perdido o ônibus. Igor transferiu dinheiro para que ela pegasse um carro por aplicativo. Às 22h19, ela enviou uma última mensagem dizendo que estava a caminho de casa. Desde então, não respondeu mais às tentativas de contato.

Imagens de segurança mostram um homem seguindo Bruna na calçada e, em determinado momento, atacando-a por trás. A polícia acredita que o suspeito tenha a levado para o local onde seu corpo foi posteriormente encontrado.

Bruna era formada em Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (EACH) e cursava mestrado em Mudança Social e Participação Política na mesma instituição. Mãe de um menino de sete anos, ela era conhecida por seu engajamento em causas sociais e comunitárias.

A investigação segue em sigilo para não comprometer a identificação e prisão do autor do crime. A SSP afirma que novas informações serão divulgadas conforme o avanço das diligências.

Redator: Karini Yumi

Revisor: Maísa Faria

Imagens: Reprodução/Redes Sociais