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São Paulo

Pichação de cunho sionista em banheiro da PUC-SP ameaça comunidade árabe

Luisa Guena

Universidade abre investigação ler

19 de março de 2025 - 19:30

Um banheiro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foi pichado com mensagens de cunho discriminatório e ameaçador contra árabes.

Entre as frases, destacam-se “a PUC não é para árabe” e “Hora de limpar p RI”, uma referência ao professor Reginaldo Nasser, docente de Relações Internacionais e de ascendência árabe. O educador se sentiu diretamente atingido pela ação.

“Me sinto ameaçado. O único descendente de árabe lá sou eu. Foi agora, então a gente ainda não fez nada, mas vou encaminhar para os setores competentes, porque isso precisa ser apurado”, afirmou.

Conteúdo das pichações
Além das mensagens direcionadas a árabes, as pichações incluíam as frases “a PUC é nossa” e “a reitoria é nossa”, acompanhadas de uma Estrela de Davi, símbolo tradicional do judaísmo. A Federação Árabe Palestina (Fepal) e o coletivo Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP), da própria PUC-SP, foram os primeiros a divulgar o ocorrido, que teria acontecido na segunda-feira, 17.

Contexto e investigações
Reginaldo Nasser também mencionou que a Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da universidade, havia aberto um inquérito sobre acusações de antissemitismo contra ele e o professor Bruno Huberman. No entanto, segundo ele, o processo “não deu em nada”. O caso gerou comoção na comunidade acadêmica e levou a universidade a se pronunciar oficialmente.

Posicionamento da PUC-SP
Em nota publicada em seu perfil no Instagram, a reitoria da PUC-SP repudia veementemente o ato.

“A Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo repudia com veemência toda e qualquer manifestação discriminatória e racista, como a frase contra os povos árabes escrita anonimamente em um dos banheiros da Universidade, que já foi devidamente apagada. Ofensas atrás de anonimato denotam covardia. Esse ato será apurado internamente com a maior urgência para que medidas cabíveis sejam tomadas.”

Repercussão e próximos passos
O caso está sendo tratado com prioridade pela instituição, que promete apurar o ocorrido e tomar as devidas providências. Enquanto isso, a comunidade acadêmica e grupos de direitos humanos acompanham o desdobramento da situação, cobrando transparência e ações efetivas para coibir atos de discriminação e intolerância no ambiente universitário.

Redação: Luísa Guena
Revisão: Isabela Campanhã
Direitos de Imagem: Redes Sociais

Luisa Guena Estudante de Relações Internacionais na Unesp - Marília, atualmente no 7° semestre. Possui experiência em jornalismo, gestão de pessoas, comunicação e organização. Redatora e revisora do jornal Marília do Bem, atuou como Diretora de Comunicações no Centro Acadêmico. Na Sage - Soluções Globais, contribui para a gestão de pessoas e o bem-estar da equipe. Atualmente, é Assistente Administrativa no Instituto Valquíria Arenas, trabalhando com marketing digital, organização de processos internos e suporte estratégico.

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