A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo, por meio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), confirmou a presença de norovírus em amostras de fezes humanas coletadas no Guarujá e em Praia Grande, na Baixada Santista. O vírus, conhecido por causar gastroenterites, é responsável pelo surto de viroses que já ultrapassou 7.500 casos no litoral paulista, de acordo com levantamento da CNN.

O norovírus é transmitido principalmente por ingestão de alimentos e água contaminados, especialmente em áreas com alta concentração de pessoas, como praias durante o verão. A infecção também pode ocorrer de pessoa para pessoa, por meio de superfícies contaminadas ou falta de higiene adequada.

A infectologista Cristhieni Rodrigues, do Hospital Santa Paula, alerta para a resistência do norovírus, que não é destruído pela água e sabão. Apesar de a lavagem das mãos remover fisicamente o vírus, ele pode permanecer ativo em águas residuais, chegando ao mar e contaminando outras pessoas.

Os sintomas da infecção incluem:

• Diarreia aquosa intensa (não sanguinolenta);

• Náuseas e vômitos, que podem ser intensos;

• Febre baixa ou calafrios;

• Dor abdominal e cólicas intestinais;

• Dor de cabeça, dores musculares e mal-estar geral.

Esses sinais costumam ser mais severos nos primeiros dois a três dias, com duração média de três a sete dias.

A prevenção depende, principalmente, da higiene pessoal. Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos é a maneira mais eficaz de remover o vírus, especialmente após usar o banheiro ou antes de manipular alimentos. Em ambientes compartilhados, a limpeza frequente de superfícies como torneiras e maçanetas é essencial.

Redator: Karini Yumi

Revisor: Maísa Faria

Imagens: Prefeitura de Guarujá/Divulgação