O mundo perdeu, nesta semana, um dos maiores nomes da fotografia documental. Sebastião Salgado, mineiro de Aimorés, morreu aos 81 anos, deixando um legado de imagens que retratam não apenas a dor e a beleza do planeta, mas também o espírito de resistência e dignidade humanas.

Salgado faleceu em Paris, na França, em decorrência de complicações de saúde de malária que o fotógrafo contraiu em 1990 e vinham se agravando nos últimos meses.

Reconhecido internacionalmente, Salgado percorreu diversos países para registrar temas profundos e, muitas vezes, ignorados: o êxodo de refugiados, o trabalho em condições extremas, a devastação ambiental e a força da natureza. Seus projetos como Trabalhadores, Êxodos e Gênesis, documentam a realidade e abrem espaço a uma reflexão profunda de realidades esquecidas.

Nos últimos anos, o fotógrafo se dedicava à restauração ambiental por meio do Instituto Terra, fundado com sua esposa e também fotógrafa Lélia Wanick Salgado.

Sebastião Salgado recebeu diversos prêmios ao longo da carreira, entre eles o prêmio de Fotojornalismo do International Center of Photography e o World Press, além de ter sido representante especial da Unicef.

Sua morte representa uma perda imensa para a cultura brasileira.  Sebastião Salgado deixa a esposa, dois filhos e milhões de admiradores. Mais que um fotógrafo, ele foi um guardião da memória dos que raramente têm voz.

Revisor(a): Ana Luisa Volpe

Direito de imagem: Flickr/ Bryan Appleyard

Vitória Bárbara da Silva