Marília registra dois óbitos por covid e nova maior média móvel de casos
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Marília registra dois óbitos por covid e nova maior média móvel de casos
Duas idosas são as novas vítimas do novo coronavírus em Marília; tendência agora é de aumento nos casos ler
A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Marília anunciou, no final da manhã deste sábado, 5 de stembro, o boletim nº 187 com a atualização de 56 novos casos confirmados para Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus, Sars-CoV-2) no município. Com dados deste informe, média móvel de casos confirmados alcance maior registro, em dia com dois óbitos.
Ainda de acordo com o boletim, houve aumento no número total de casos suspeitos, descartados e curados. O número de pacientes internados (com suspeitos ou confirmação para a doença) e casos transmissíveis diminuíram.
Óbitos
A Prefeitura de Marília confirmou mais duas mortes por Covid-19, chegando a 32 óbitos pela doença no município. O primeiro óbito trata-se de uma idosa, de 89 anos, que teve o início dos sintomas no dia 23 de agosto, sendo internada no dia 31. Era portadora de diabetes mellitus e doença cardíaca crônica. Ela apresentou tosse, dispneia, desconforto respiratório e confusão mental, tendo colhido exame no dia 28 de agosto, com liberação de resultado positivo para Covid-19 no dia 2 de setembro. O óbito ocorreu na tarde desta sexta-feira (4).
O segundo óbito é de uma senhora, de 66 anos, portadora de doenças crônicas, diabetes mellitus, asma, pneumonia crônica e hipertensão arterial. Apresentou sintomas no dia 25 de julho, sendo internada no dia 5 de agosto na UTI do HBU (Hospital Beneficente Unimar – Universidade de Marília), permanecendo internada até a data do óbito, que também ocorreu nesta sexta-feira.
Média móvel e semana epidemiológica
Como o Poder Público municipal divulga os dados consolidados no dia, é bem provável que esses dados não representem a situação diária da pandemia na cidade pelo fato de que os números de cada boletim se referem à inclusão desses números em um banco de dados.
Com isso, não é divulgado à população os detalhes de cada ocorrência que são sensíveis às análises periódicas, como, por exemplo, o dia em que um possível paciente começou a apresentar os sintomas, em que dia, em relação aos sintomas, se apresentou a uma unidade de saúde e em qual dia da evolução da doença no organismo os dados foram consolidados e apresentados publicamente. Esses dados só têm sido divulgados quando relacionados aos óbitos confirmados.
Assim é necessário adotar outros meios estatísticos para se analisar esses dados. Como já vem sendo apresentado pela grande parte da imprensa nacional, que tem as mesmas dificuldades que apresentamos acima, passou-se a divulgar também o cálculo da média móvel, um dado que se utiliza da média temporal, neste caso dos sete dias que correspondem à 36ª semana epidemiológica, de 30 de agosto a 5 de setembro.
Por convenção internacional as semanas epidemiológicas são contadas de domingo a sábado. A primeira semana do ano é aquela que contém o maior número de dias de janeiro e a última a que contém o maior número de dias de dezembro. O Ministério da Saúde disponibiliza as semanas epidemiológicas de 2020 neste arquivo.
Maior registro
Em Marília, nos últimos dias tivemos discrepâncias ao apresentar apenas três casos em um dia, depois 11 casos e agora 56. Uma oscilação visível e questionada pelo público do Marília do Bem. Com a análise da média móvel, podemos ver a evolução desses dados durante toda a pandemia.
No último dia da semana epidemiológica anterior esse valor era de 28,86 casos por dia na média dos últimos sete dias. Já hoje (5), essa média aumentou para 38 casos. Com isso, em relação aos últimos 14 dias, período utilizado por epidemiologistas para definir a tendência da curva de casos, a oscilação continua extrapola a margem de estabilidade (15%), com inclinação a aumento, variando 48,6%.
Confira o gráfico que elaboramos:
Variações do boletim
A relação da média móvel de novos casos com a de curados passou, no entanto, a ser menor a ontem, depois de 12 dias. Enquanto a média de novos casos é de 38, a de curados está em 39,86.
Com os números atualizados, Marília continua a ter mais casos na relação entre as duas últimas semanas. Nos últimos sete dias, o município apresentou 266 casos positivos, enquanto que nos sete dias anteriores ao período, foram 202 casos.
Os números de casos em situação de transmissibilidade (quando o vírus pode passar de uma pessoa infectada para outra pessoa) voltou a diminuir, registrando agora 150 casos transmissíveis. Sobre os munícipes que aguardam resultado de exames, a cidade apresentou 268 novas suspeitas, já considerando os 220 casos descartados.
Número de casos
Os dados da Vigilância Epidemiológica de Marília contabilizam, assim, 696 suspeitas (aguardando resultados). São 30 pessoas, sem confirmação da doença, internadas (não há informações sobre o tipo de leito, se clínico ou UTI). Outros 9647 casos já foram descartados. De acordo com o novo boletim, não há óbitos sob investigação.
Por fim, são 2110 casos já confirmados, sendo 32 óbitos e outros 1928 considerados curados. Assim, o número de casos positivos evoluído para efetiva recuperação é de 91,3%. Já a taxa de mortalidade é de 1,52%. 38 pessoas com teste positivo para Covid-19, segundo o boletim, estariam internadas.
Com isso, 150 casos ainda são acompanhados e considerados passíveis de transmissão, sendo 7,1% das confirmações. Em números totais, portanto, a cidade tem 12453 notificações, sendo que 5,59% aguardam resposta.
Evolução dos casos suspeitos e confirmados na cidade
De acordo com o Plano São Paulo, a evolução de casos, óbitos e média de internações, em períodos subsequentes de sete dias, são critérios utilizados no cálculo que define a pontuação da região para a liberação das fases do plano (regionalmente). Todos esses números estão disponíveis nos gráficos elaborados pelo Marília do Bem, atualizados a cada boletim.
Ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e quantidade de leitos de UTIs para cada 100 mil habitantes também são considerados, mas à parte, como critério específico. Entre evolução da pandemia e estrutura hospitalar, se considera a pior nota, de acordo com o Plano São Paulo.
Esses últimos dados ainda não estão disponíveis diariamente, entretanto, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) anunciou, em transmissão ao vivo, que disponibilizará esses dados sistematicamente à imprensa e no portal de transparência. Entretanto, a Vigilância Epidemiológica publicou a aplicação dos dados referentes à semana epidemiológica findada no dia 25 de julho, com dados defasados em mais de 40 dias.
Inclusive, após essa data, o governo paulista até já mudou critérios para o cálculo da fase do Plano São Paulo por duas vezes, uma delas nesta sexta-feira (4). Continuamos no aguardo desses números, conforme anunciado pelo chefe do Executivo.
O Marília do Bem compila os dados oficiais da Vigilância Epidemiológica. Contudo, a cada boletim, nós os apresentamos de forma gráfica para uma melhor análise das hipóteses da disseminação na cidade por acreditar que processar e entender esses números é importante em situações de crise. Veja abaixo:
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