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Letalidade policial atinge maior índice da década em São Paulo
Mortes por intervenção policial crescem 65% em um ano ler
O número de mortes decorrentes de ações policiais em São Paulo alcançou, em 2024, o maior índice da década, com 835 registros, segundo levantamento do Ministério Público Estadual. O aumento é de 65% em relação a 2023, quando foram contabilizadas 542 mortes. O menor número foi registrado em 2022, com 477 casos.
Polícia Militar lidera estatísticas
A Polícia Militar (PM), principal força de segurança do estado, responde pela maior parte dessas mortes. Em 2024, foram 760 casos atribuídos à corporação, um aumento de 60,5% em relação ao ano anterior, quando ocorreram 460 mortes.
Embora os episódios envolvendo policiais fora de serviço tenham se mantido estáveis nos últimos anos, a participação da PM nas mortes totais voltou a crescer, atingindo 91% em 2024, após quedas anteriores.
Gestão Tarcísio e política de confronto
Especialistas apontam que o aumento coincide com mudanças na gestão da segurança pública no estado. O governador Tarcísio de Freitas, eleito em 2023, destacou durante sua campanha a importância de intervenções policiais em situações de conflito.
Sob sua administração, a Secretaria de Segurança Pública é liderada por Guilherme Derrite, defensor de um policiamento ostensivo e do uso de armamento pesado.
As operações Escudo e Verão, conduzidas por batalhões como a Rota e os Baeps, refletem essa abordagem agressiva. Para Rafael Rocha, coordenador de projetos do Instituto Sou da Paz, essa política reforça uma lógica de confronto que prejudica tanto os policiais quanto a população, alimentando a violência institucional.
Impactos na sociedade civil e investigações questionadas
Organizações como o Instituto Sou da Paz e a Conectas Direitos Humanos denunciam o enfraquecimento de mecanismos de controle, como o uso de câmeras corporais e investigações independentes.
“Quando o governador do estado de São Paulo, ainda como candidato, colocava em xeque a eficácia das câmeras corporais, nomeia, assim que assume, um secretário de Segurança Pública que tem um histórico de violência e que tem dito, ao longo da sua trajetória, de que o bom policial é aqueles que têm pelo menos três mortes no seu currículo, isso é uma diretriz para atuação do que se espera de um policial militar” afirma Carolina Diniz, coordenadora de enfrentamento à violência institucional da Conectas.
Diniz critica a postura do governo estadual, que, segundo ela, incentiva uma cultura de violência ao premiar policiais envolvidos em letalidade, em vez de promover a responsabilização. Ademais, a coordenadora diz que muitas mortes são arquivadas sem seguir protocolos internacionais de apuração, como os de Minnesota e Istambul.
Possíveis mudanças no horizonte
Recentemente, o governador sinalizou uma postura mais conciliadora, defendendo cursos de reciclagem para policiais e o uso de câmeras corporais. Contudo, especialistas alertam que essas medidas ainda são insuficientes para reverter os altos índices de letalidade.
Nota oficial do governo
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública reiterou seu compromisso com a legalidade e os direitos humanos, afirmando que todos os casos de mortes por intervenção policial são rigorosamente investigados.
“A SSP ressalta seu compromisso com a legalidade, transparência e respeito aos direitos humanos fundamentais.”
A pasta destacou investimentos em equipamentos de menor potencial ofensivo e formação continuada para os agentes.
Uma questão nacional
Embora São Paulo concentre as atenções, a violência policial é uma realidade em todo o país. Estados como Bahia e Minas Gerais também registram piora nos índices de letalidade. Especialistas defendem que as políticas de controle, como o monitoramento por câmeras e a vinculação de repasses federais à redução da violência, podem ser caminhos para enfrentar o problema.
Redator: Luísa Guena
Revisor: Isabela Camanhã
Direitos de Imagem: Canva