Juiz vive 40 anos com identidade falsa e é denunciado por falsidade ideológica em SP
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Juiz vive 40 anos com identidade falsa e é denunciado por falsidade ideológica em SP
Então juíz só foi descoberto após tentar renovar o RG ler
Por mais de 40 anos, um juiz aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo viveu sob uma identidade fictícia. Conhecido oficialmente como Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, o cidadão foi identificado como José Eduardo Franco dos Reis, de 67 anos. A descoberta levou o Ministério Público de São Paulo a denunciá-lo por uso de documento falso e falsidade ideológica.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o registro de nascimento declara que José é de Águas da Prata (SP) e seus pais se chamavam Vitalina e José.
A descoberta só veio à tona em outubro de 2024, quando José Eduardo tentou renovar sua carteira de identidade em um posto do Poupatempo, utilizando novamente o nome fictício. A Polícia Civil cruzou suas digitais com bancos de dados atuais e confirmou a verdadeira identidade do homem que por décadas se apresentou como descendente de nobres britânicos.
Segundo a denúncia, a criação da falsa identidade remonta a 1980, quando José Eduardo conseguiu emitir um RG em nome de “Edward Wickfield”, usando uma certidão de nascimento com informações inventadas. No documento, ele afirmava ser filho de Richard Lancelot Canterbury Wickfield e Anna Marie Dubois Vincent Wickfield — nomes sem qualquer comprovação de existência real.
Com o novo nome, ele ingressou na Faculdade de Direito da USP, foi aprovado em concurso público para juiz na década de 1990 e assumiu diversas funções no Judiciário paulista. Assinava sentenças, coordenava núcleos da Escola Paulista da Magistratura e atuava com destaque em varas cíveis. Ele aposentou-se oficialmente em 2018.
A Promotoria detalha que a fraude foi sustentada por diversos documentos falsificados ao longo dos anos, incluindo título de eleitor, carteira de trabalho e até um certificado militar — todos emitidos em nome da identidade falsa. As fraudes passaram despercebidas por décadas, em parte devido à fragilidade dos sistemas de verificação de documentos na época.
“Tais documentos, à época, não contavam com quaisquer dispositivos gráficos ou materiais de segurança, sendo facilmente falsificáveis”, explica o promotor Maurício Salvadori.
Agora réu, ele foi denunciado por três crimes de uso de documentos falsos e três de falsidade ideológica. O Ministério Público solicitou a anulação de todos os registros emitidos com o nome falso, incluindo o CPF, e pediu medidas cautelares, como a entrega do passaporte e a restrição de deslocamento.
A defesa do juiz aposentado ainda não se pronunciou. O processo corre sob segredo de Justiça.
Redator: Karini Yumi
Revisor: Maísa Faria
Imagens: Reprodução