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Internacional

Infanticídio Feminino na Índia: violência histórica

Análise das Estruturas Patriarcais e a Luta por Igualdade de Gênero ler

Ester Laís Costa Aquino
27 de abril de 2025 - 08:00

O infanticídio feminino e a preferência por filhos do sexo masculino na Índia e em outros países asiáticos são fenômenos complexos enraizados em crenças culturais e religiosas patriarcais. Ao longo dos séculos, estas crenças têm perpetuado a ideia de que os homens são responsáveis pelo cuidado dos pais e pela continuidade do nome da família, enquanto as mulheres são vistas como um fardo familiar. Este ponto de vista é exemplificado por um provérbio hindu que compara ter uma filha a plantar uma semente no jardim do vizinho. “Ele costumava me bater sem motivo. Era uma coisa cotidiana. Fiz vários abortos. Perdi três filhos. Eles nasceram mortos. Ele me acusou de não poder ter bebês saudáveis ​​e me abandonou”, diz Bhuri Bibi, mulher indiana.

Estudos feitos pela ONU estima que a Índia tem umas das maiores taxas de infanticídio do mundo e a maioria dos recém-nascidos assassinados pós-parto é do sexo feminino. “Ele tira a recém-nascida dos braços da esposa leva a menina para o cômodo ao lado apoia sua cabeça com a mão esquerda e gentilmente quebra seu pescoço com a direita” (Rupi Kaur, 2018, p.157).A violência doméstica também desempenha um papel crucial na mortalidade infantil, contribuindo para partos prematuros, baixo peso ao nascer e natimortos, como demonstrado em casos como o de Bhuri Bib.

Na Índia, assim como em outros países, há tentativas deliberadas de infanticídio feminino, ou em casos em que a mãe opta por ter uma menina, ocorre um cuidado diferencial em relação à nutrição e tratamentos médicos. Em 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) estimou uma perda de 200 milhões de meninas, principalmente em países como Índia e China. Como resultado, práticas como o infanticídio feminino têm se intensificado ao longo dos anos, com o uso de ultrassonografias para determinar o sexo fetal sendo proibido na Índia devido ao seu uso para realizar abortos seletivos com base no sexo do bebê. Doze hospitais na região de toronto se recusam a revelar o gênero do bebê às famílias antes da décima terceira semana de gravidez os doze hospitais ficam em regiões com alto índice de imigrantes do sul da Ásia “(Rupi  Kaur, 2014, p.158)

O questionamento central não deve se limitar à brutalidade da cultura indiana em relação às mulheres ou à defesa de práticas como o estupro e os “assassinatos de honra”, mas sim considerar a quem interessam e por quais processos são produzidas representações culturais que culpabilizam as mulheres pelos estupros e justificam o controle de sua autonomia sob o pretexto de protegê-las. Um provérbio tradicional hindu ilustra essa lógica: “Uma filha é como ghee (manteiga clarificada) – ambas são boas até certo ponto. Se você não a descarta, começa a cheirar mal.”

Mesmo com as transformações ocorridas ao longo do século XX, persiste uma estrutura social marcada pelo machismo e pelo patriarcado, em que as mulheres continuam a ser desvalorizadas e subordinadas, enquanto os homens mantêm privilégios mais amplos. As medidas adotadas pela ONU e outras organizações internacionais são importantes para combater a violência contra as mulheres e garantir seus direitos fundamentais. A participação da Índia em instrumentos internacionais como a CEDAW demonstra um compromisso formal em promover a igualdade de gênero e proteger as mulheres contra a violência. No entanto, a implementação efetiva dessas medidas ainda é um desafio, devido à persistência de normas culturais e estruturas sociais que perpetuam a desigualdade de gênero.

 

Revisor: Ana Rafaela Nascimento

Direito de Imagem: BCCL/ Representative Image

Ester Laís Costa Aquino Ester Laís Costa Aquino é uma estudante de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (UNESP), onde ingressou em 2024. Ela é uma das integrantes da Geo, uma organização estudantil da UNESP que visa a democratização do ensino público, e faz parte da equipe da Secretaria Geral.Sua trajetória acadêmica inclui marcos como a participação no Huirsp (Harvard University International Relations Scholars Program), onde obteve uma bolsa integral, e no OxBright, programa da Universidade de Oxford, no qual publicou o artigo Economic Policy as a Tool for Promoting Peace no OxJournal. Ester também conquistou bolsas nos programas da Immerse Education, nas categorias de Liderança Feminina na universidade de Cambridge

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