Irã suspende cooperação com Agência Atômica em meio a tensões com Israel e EUA
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Irã suspende cooperação com Agência Atômica em meio a tensões com Israel e EUA
Parlamento iraniano acusa AIEA de cumplicidade e impõe restrições até que segurança nacional seja garantida ler
Em resposta direta à escalada de tensões no Oriente Médio, o Parlamento do Irã aprovou nesta quarta-feira (25) uma lei que suspende a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entidade vinculada à ONU. A decisão representa mais um desdobramento da crise regional após ataques coordenados por Israel e pelos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas.
A medida foi anunciada pelo presidente da Assembleia iraniana, Mohammad Bagher Ghalibaf, que afirmou em rede social que “qualquer cooperação com a agência ou envio de relatórios a ela, bem como a entrada de inspetores e gerentes da agência, serão proibidos até que a segurança das instalações nucleares e cientistas seja garantida”.
O Comitê de Segurança Nacional e Política Exterior do Parlamento do Irã detalhou as condições exigidas para a retomada da cooperação. Segundo o porta-voz Ebrahim Rezai, entre os pontos estão o respeito à soberania e integridade territorial da República Islâmica, bem como o direito os direitos previstos no artigo IV do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), dentre eles o de enriquecimento de urânio. Rezai também pediu o indiciamento do diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi.
A votação acontece logo após o cessar-fogo entre Irã e os países aliados de Israel, incluindo os EUA. Para o governo iraniano, a AIEA estaria atuando de forma politicamente parcial, influenciada por potências ocidentais, e dando respaldo às ações militares contra o país. Ademais, o país reforça que seu programa nuclear tem fins pacíficos e que sempre respeitou o TNP, do qual é signatário.
Israel e os EUA justificaram os recentes ataques sob a alegação de que o Irã estaria próximo de desenvolver uma bomba atômica – o que o governo iraniano nega categoricamente. Informações da inteligência dos Estados Unidos, inclusive, indicavam em março que o país não estaria conduzindo esforços para a construção de armas nucleares, embora essa avaliação tenha sido contestada recentemente pelo presidente Donald Trump.
O conflito
A crise atual foi deflagrada por um ataque surpresa de Israel ao Irã, ocorrido em 13 de junho, ampliando o conflito na região. Dias depois, em 21 de junho, os EUA bombardearam as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã, que alegava estar em negociação diplomática para garantir o cumprimento do TNP, afirma que as ações bélicas inviabilizaram qualquer possibilidade de confiança mútua com os países ocidentais.
Embora o país ainda não tenha oficializado sua saída do Tratado de Não Proliferação, a suspensão das inspeções da AIEA é vista como um sinal claro de afastamento do regime internacional de controle nuclear. Ao mesmo tempo, especialistas alertam que a insegurança no sistema pode motivar países a buscar armamentos como forma de garantir sua soberania e integridade territorial.
Revisão: Ester Laís Costa Aquino
Reprodução Imagem: Joe Klamar / AFP