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Educação

Estudante do Colégio Mackenzie é encontrada desacordada após sofrer bullying e racismo

Investigação apura se adolescente foi induzida a tentativa de suicídio por colegas ler

14 de maio de 2025 - 08:00

Uma aluna de 15 anos do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, foi encontrada desacordada no banheiro da escola no dia 29 de abril. Ela apresentava um saco plástico na cabeça e um fio enrolado ao pescoço. Estudante bolsista e integrante do 9º ano, a jovem foi socorrida no local por uma colega, atendida pelo médico da escola e levada à Santa Casa de Misericórdia, onde permaneceu internada. 

Casos de bullying e racismo

De acordo com relatos da família e da advogada responsável, a estudante vinha sendo alvo de ataques racistas e verbais desde o início do ano. Em uma das situações mais graves, foi forçada por colegas a beijar um aluno mais velho em um desafio, que foi filmado por outros estudantes. Temendo a divulgação do vídeo, a adolescente demonstrou desespero em mensagens trocadas com um dos envolvidos. “Você tem noção que acabou com a minha reputação?”, escreveu ela, num diálogo obtido pelo SBT.

A jovem, negra e bolsista, era ofendida com termos como “cigarro queimado”, “preta lésbica” e “volta para a África”, segundo a advogada Réa Sylvia, em entrevista à CBN, relatou que lém do racismo, a adolescente era alvo de misoginia e homofobia devido à ausência de um namorado, como se precisasse cumprir um padrão de comportamento para ser aceita. Esses ataques eram frequentes e, segundo a defesa, tolerados pela comunidade escolar.

Negligência institucional

A mãe da estudante afirmou ter procurado a escola mais de uma vez para denunciar os episódios de racismo e bullying. Em vez de acolhimento, a adolescente foi supostamente exposta por uma coordenadora, que teria expoto em sala de aula que ela estava com “mimimi”

“Ela falava que tinha duas meninas, que não deixavam ela em paz, que ela recorria à coordenadora. A coordenadora expôs ela na sala de aula falando que ela estava com mimimi, que ela estava com síndrome de perseguição.” declarou a mãe da estudante.

Além disso, a orientação da escola para que a jovem buscasse apoio psicológico interno foi frustrada pela falta de disponibilidade no serviço.

“Desde que aconteceu ela foi internada, na terça-feira, o Mackenzie não prestou nenhum tipo de assistência. As coisas começaram a acontecer depois que a gente assumiu juridicamente o caso. Tanto que só hoje [6/5] a escola está lá no hospital”, informou  a Réa ao Metrópoles.

O Mackenzie divulgou nota afirmando que prestou os primeiros socorros e que está oferecendo suporte à família. No entanto, afirmou também que “ainda não é possível afirmar” as causas do episódio. A postura gerou críticas de advogados e especialistas, que alegam omissão institucional diante de um quadro de racismo e pressão psicológica continuada. 

O Mackenzie destaca que não tolera qualquer forma de discriminação, preconceito ou violência.

Transferência ao CAPS 

Após a internação na Santa Casa, a adolescente foi transferida para uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), onde permanecerá em acompanhamento por pelo menos oito dias. A defesa, no entanto, tenta impedir a permanência da jovem nesse local, argumentando que a ala psiquiátrica coletiva para adultos representa um risco à saúde emocional da aluna.

 “Agora mesmo ela está numa ala de adultos, um quarto coletivo, e já presenciou o óbito de uma senhora. Levando ela para o CAPS, ela vai estar exposta a muito mais danos psicológicos”, destaca a defesa da jovem.

Família pede responsabilização da escola

A advogada Réa Sylvia informou que a intenção da família é acionar judicialmente o colégio, solicitando que o Mackenzie custeie o tratamento psiquiátrico da estudante em uma instituição particular. Para ela, é fundamental que a escola assuma os danos causados pela negligência diante das agressões sofridas por sua aluna. “Nada mais justo que a instituição que falhou no cuidado arque com a reparação”, afirmou a advogada.

A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. A linha de investigação considera a possibilidade de que a adolescente tenha tentado tirar a própria vida após sofrer pressões e humilhações dos colegas. A família já registrou boletim de ocorrência e apresentou provas, como mensagens trocadas entre a jovem e colegas, em que ela relata medo, sofrimento e ameaças de exposição.

Pedido por justiça

A jovem segue internada, e seu quadro inspira cuidados. Enquanto isso, a luta da mãe, da advogada e de toda a rede de apoio é para garantir que o episódio não seja ignorado, como tantos outros. Mais do que uma tragédia individual, o caso expõe falhas graves nas políticas de acolhimento e diversidade dentro das instituições de ensino privada do país. 

Redator: Karini Yumi

Revisor: Maísa Faria

Direito de imagem: Divulgação

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