Os políticos ouviam seu nome no Plenário Juscelino Kubitschek e diziam “assim, eu prometo”, como forma de assegurar que cumprirão a Constituição durante os seus mandatos. Cada deputado foi ao microfone em frente aos pares e ao público. Eduardo Suplicy (PT) e Lecy Brandão (PCdoB) foram os mais aplaudidos.

Alguns dos deputados relembraram as bandeiras que defendem durante suas falas na cerimônia de posse. Entre as citações estão a defesa do povo preto, Deus, pátria, “minha família”, Jesus, a valorização dos policiais civis, o povo da periferia e a Sabesp pública.

Em sua fala, Tarcísio afirmou que o governo de São Paulo tem desafios na questão social (quando citou as pessoas em situação de rua ou área de risco, cirurgias eletivas no SUS e educação de qualidade), e desafios no campo econômico (recuperação da competitividade, industrialização e economia verde).

“Que Deus abençoe a todos. Que o mandato dos senhores seja coroado de êxito, que vocês possam fazer a diferença”, declarou ele.

Legislatura polêmica

Com as posses, chega ao fim a legislatura mais polêmica das últimas décadas no estado. A legislatura que se encerra foi marcada por polêmicas que vão de assédio explícito em plenário, a brigas que quase chegaram às vias de fato e até à cassação inédita de um parlamentar em 23 anos.

De acordo com um levantamento do Conselho de Ética da Casa, foram abertas 93 representações no colegiado contra parlamentares na 19ª legislatura, que atuou entre março de 2019 e março de 2023.

Na legislatura anterior, apenas uma representação foi aberta no conselho em quatro anos de mandato dos 94 parlamentares.

O Conselho de Ética é o órgão legislativo onde são analisadas as falhas éticas e morais dos parlamentares durante o mandato. O colegiado é composto por nove integrantes titulares, contado com a presidente, que tem voto de minerva em caso de empate das votações.

Os deputados também protagonizaram casos de racismo, ameaça e xingamentos a lideres religiosos.

Entre os primeiros fatos polêmicos ocorridos na casa está a briga entre o então deputado Arthur do Val – o Mamãe Falei – e o sindicalista Teonílio Barba (PT), em dezembro de 2019, durante uma sessão para votação da Reforma da Previdência dos servidores estaduais.

Na ocasião, Arthur do Val usou a tribuna da Casa para chamar sindicalistas que participavam da sessão de “vagabundos”, o que despertou a fúria do petista.

Fonte: G1