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Mistério

Conheça a história do retrato de Belchior que desapareceu junto com o músico

Cantor surgiu de repente no ateliê do artista Carlos Bracher, em Ouro Preto (MG), na época que passou longe dos holofotes ler

24 de maio de 2022 - 10:00

Um retrato de Belchior pintado pelo artista mineiro Carlos Bracher, de 80 anos, desapareceu assim como fez seu retratado. Cinco anos após a morte do músico, Bracher e sua família tentam reencontrar o quadro realizado durante uma visita do cantor à sua casa, em Ouro Preto, Minas Gerais.

Em meio a uma de suas andanças pelo país, Belchior bateu sem aviso na porta da casa de Bracher. Os dois não se conheciam, mas tiveram uma conexão muito forte.

“Foi uma das coisas mais incríveis da minha vida. Foi um negócio totalmente inusitado e inesperado. Geralmente, esses encontros são marcados com antecedência, essa é a norma social, né? Ele não! Ele chegou, bateu na porta da minha casa e de repente eu estava diante do Belchior”, diz Bracher.

Ele convidou Belchior para entrar, eles conversaram por algumas horas e visitaram seu ateliê, onde ele mostrou suas pinturas. Belchior se encantou, especialmente, pelos retratos pintados por Bracher.

“Não me lembro se foi ele que pediu para fazer um retrato dele, ou se fui eu que ofereci. Então fizemos, ali na hora.”

O retrato de Belchior, pintado pelo artista Carlos Bracher

A atriz Larissa Bracher, filha do pintor, diz que sua principal lembrança do encontro é do quanto Belchior era culto. Ela diz também ter se surpreendido com o fato de ele ter vivido por anos em um seminário.

“Ele nos mostrou um livro que ele estava escrevendo, um livro grande, caneta tinteiro, tipo bico de pena. Ele fazia as pautas com uma lapiseira bem fininha e depois apagava, mas era um livro sem pauta e ele escrevia com uma letra bem medieval, bem rebuscada”, conta ela.

Eles também recordam que o cantor havia decorado a obra “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri. Belchior teria recitado trechos da obra durante o encontro com a família.

No mesmo dia, quando foi embora, o cantor levou o quadro. Bracher nunca mais soube onde estava a pintura. A filha Larissa foi quem começou a busca pelo retrato. Ela fez um post em sua conta no Instagram em homenagem aos cinco anos de morte do cantor este ano e falou sobre a obra desaparecida.

A primeira vez que procuraram pelo quadro foi em 2014, ainda antes da morte de Belchior. À época, seu pai apresentava a mostra “Bracher: Pintura e Permanência” no Centro Cultural Banco do Brasil, que tinha uma seção dedicada aos retratos assinados por ele.

Bracher já pintou mais de 300 retratos. Estavam presentes na exposição quadros representando Chico Buarque, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Jorge Amado, Bibi Ferreira, Leonardo Boff e até mesmo o americano Tony Bennet.

Naquele ano, o quadro de Belchior não foi encontrado para integrar da exposição. Agora, a família Bracher tenta mais uma vez descobrir onde está a obra.

“Esse quadro do Belchior a gente nunca mais conseguiu. Parecia realmente uma aparição. Do nada veio, e do nada desapareceu”, diz Larissa.

Larissa e o pai dizem não se lembrar da data em que aconteceu a visita em que o retrato foi pintado. Ela se lembra que era um mês de férias, provavelmente julho, e que ela tinha ido do Rio de Janeiro para a casa dos pais, em Ouro Preto.

A família diz que, caso consigam reaver o retrato, ele terá um espaço de destaque no Ateliê Casa Bracher. Lá estão expostas diversas obras de Carlos e de sua esposa, a também pintora Fani Bracher.

O pintor acredita que Belchior possa ter deixado o quadro por algum dos lugares onde passou durante suas andanças. O cantor morreu em abril de 2017, em Santa Cruz do Sul (RS), aos 70 anos.

Ilustração onde abaixo tem um retrato do cantor em diversas cores, olhando pra cima., onde há um mapa com algumas cidades do Brasil por onde ele passou anos antes de sua morte. Há também cenas de alguns momentos

NOS PASSOS DE BELCHIOR

2007 Belchior se divorcia da ex-mulher, passa a morar com Edna Prometheu e faz o último contato com os filhos

2008 Aparece no ‘Programa do Jô’, abandona o carro em São Paulo e dá calotes em hotéis no Rio de Janeiro. É cobrado na Justiça pelas pensões

2009 Abandona o flat sem pagar aluguéis em São Paulo, sobe no palco pela última vez num show de Tom Zé e vai ao Uruguai. Passa por Montevidéu e Sacramento e para num hotel em San Gregorio de Polanco, onde é encontrado pelo Fantástico

2010 Vaga por cidades do sul do país, como São Lourenço do Sul e Jaguarão

2011 Dá calote num hotel em Lagoa Mirim, passa por Santana do Livramento e entra num hotel em Artigas, no Uruguai. Grava um DVD que nunca foi lançado

2012 Tem as contas bloqueadas, dá novo calote e vai a Porto Alegre, onde é perseguido por jornalistas e fica na casa de fãs

2013 É hospedado por fãs na periferia e em comunidade hippie do centro da capital gaúcha, além de uma casa de praia em Atlântida Sul e um sítio em Guaíba, no Rio Grande do Sul. Passa por acampamento agrícola em Saberi e uma ecovila em Santa Cruz do Sul. Passa o Natal num prédio abandonado

2014 Vai ao Mosteiro da Santíssima Trindade e recebe abrigo na mansão de um jovem que enriqueceu na internet. Encontra Zeca Baleiro

2015 Ele se muda para outra casa do mesmo empresário

2016 Permanece em sigilo durante todo esse ano

2017 Morre e é enterrado em Fortaleza

Fonte: Ilustríssima – Folha de São Paulo

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