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Conclave: entenda o processo e conheça suas curiosidades
A morte do Papa Francisco reacendeu a curiosidade do mundo sobre o processo do conclave para a escolha de um novo Papa ler
No dia 21 de abril de 2025, uma segunda-feira marcada pelo feriado da Páscoa, o mundo recebeu a notícia da morte do Papa Francisco. Nascido Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, Argentina, ele foi o 266º pontífice da Igreja Católica, exercendo o cargo desde 13 de março de 2013.
Francisco entrou para a história por ser o primeiro papa vindo do Hemisfério Sul e o primeiro não europeu em mais de 1.200 anos. Seu papado foi marcado por uma postura de proximidade com os fiéis, pela defesa da justiça social e por uma tentativa constante de modernizar a Igreja sem romper com sua tradição.
A despedida do pontífice abre agora caminho para um dos rituais mais antigos, misteriosos e simbólicos da Igreja Católica: o conclave, processo pelo qual um novo papa é escolhido. Mas você sabe como essa escolha é feita? Ou por que ela acontece em absoluto segredo? Abaixo, explicamos algumas curiosidades e etapas que envolvem esse momento único — que mistura fé, política e tradição.
O que é um conclave?
A palavra “conclave” vem do latim cum clavis, ou “fechado com chave”, e define bem o que acontece nesse processo. Após a morte ou renúncia de um papa, os cardeais se reúnem em sigilo absoluto dentro da Capela Sistina, no Vaticano, para eleger seu sucessor. Durante o conclave, eles ficam completamente isolados: sem celulares, sem acesso à imprensa, sem nenhum contato externo. O objetivo é garantir que a decisão seja tomada com liberdade e sem pressões externas. É uma prática com mais de 750 anos de história — criada justamente para acelerar as longas disputas que, antigamente, podiam durar anos. Sim, anos.
Um processo religioso, mas também político
Embora envolto em rituais e orações, o conclave é também um processo político. Afinal, o papa não é apenas um líder espiritual: ele é chefe de Estado do Vaticano e uma figura com impacto global. Os cardeais eleitores avaliam diversos critérios: a postura teológica dos candidatos, sua experiência diplomática, seu carisma, além de fatores regionais e geopolíticos. Há uma busca por equilíbrio entre tradição e renovação, entre as diferentes correntes internas da Igreja e os desafios externos do mundo contemporâneo. A escolha do novo papa, portanto, é uma decisão estratégica — feita com fé, mas também com muita análise.
E o Brasil, tem voz no conclave?
Sim, e uma voz significativa. Em 2025, sete cardeais brasileiros têm direito a voto. Quatro deles — Jaime Spengler, Orani Tempesta, Sérgio da Rocha e João Braz de Aviz — já estão em Roma. Os demais, Odilo Pedro Scherer, Paulo Cezar Costa e Leonardo Steiner, também têm presença confirmada, com chegada prevista nos próximos dias. Esses representantes participam tanto das cerimônias em homenagem ao Papa Francisco quanto das reuniões preparatórias para o conclave. A presença brasileira reforça a importância do país dentro da Igreja Católica, especialmente como uma das maiores comunidades católicas do mundo.
Quanto tempo pode durar um conclave?
Segundo as normas da Igreja, o conclave deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do papa. Mas isso pode variar: se os cardeais concordarem, ele pode começar antes. Ao longo da história, houve extremos. O conclave mais longo durou quase três anos, entre 1268 e 1271. Já o mais rápido foi em 1503, quando Giuliano della Rovere foi eleito Papa Júlio II em apenas algumas horas. Hoje, com regras mais claras e preparação prévia, os conclaves tendem a durar poucos dias — mas tudo depende do consenso entre os cardeais.
Quem vota e como é feita a escolha?
Apenas os cardeais com menos de 80 anos participam da votação — atualmente, são 135. O processo ocorre em sessões diárias na Capela Sistina, e o escolhido precisa alcançar dois terços dos votos. Depois de cada votação, as cédulas são queimadas: se sair fumaça preta pela chaminé, nada feito — ainda não temos papa. Mas quando a fumaça é branca, aí sim: é o sinal de que um novo pontífice foi eleito! Quando isso acontece, o eleito é perguntado se aceita o cargo. Ao responder sim, ele escolhe o nome papal que irá adotar. Nessa hora, os sinos da Basílica de São Pedro tocam e o mundo inteiro fica de olho na famosa sacada da igreja.
Logo depois, um cardeal aparece para fazer o anúncio clássico: “Habemus Papam!”, que em latim significa “Temos um Papa!”. Ele revela quem foi escolhido e o nome que o novo papa adotou. Pouco depois, o próprio papa aparece para dar o seu primeiro alô oficial ao mundo e abençoar a galera com a tradicional bênção “Urbi et Orbi” — à cidade e ao mundo.
Como funciona a escolha do nome Papal?
A escolha do nome papal é um dos momentos mais simbólicos do conclave. Embora não seja obrigatório, é uma tradição milenar. O novo nome representa a missão e o legado que o pontífice deseja assumir. Foi assim com Karol Wojtyła, que virou João Paulo II; com Joseph Ratzinger, que se tornou Bento XVI; e com Jorge Mario Bergoglio, que escolheu ser Francisco. Muitos homenageiam santos, papas anteriores ou ideias que desejam representar. O nome é, portanto, mais do que um título: é uma declaração de intenções. E sim, caso renuncie, o papa pode decidir manter esse nome — ou não, como Francisco já indicou que preferiria.
Redatora: Isabela Campanhã
Revisora: Luísa Guena
Reprodução de Imagem: Unsplash