Comércio registra elevação nas vendas de maio
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Para Manoel Batista de Oliveira, vice-presidente da ACIM, dados de maio dão esperança em recuperar a economia ler
A PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o volume de vendas no comércio varejista nacional teve crescimento de 13,9% em maio deste ano, na comparação com abril. A alta veio depois de dois meses de queda esperada devido à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Em abril deste ano, por exemplo, a queda havia sido de 16,3%. O vice-presidente da ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marília), Manoel Batista de Oliveira, revela que isso pode ser considerado estimulante, pois acredita que o comércio reage rápido quando tem oportunidade.
“O problema está sendo em ter esta oportunidade. Quando abre, aquece as vendas. Quando fecha, pode até quebrar a loja”, afirmou Oliveira.
Números
No acumulado de 12 meses, o comércio varejista mantém estabilidade. Nos demais tipos de comparação, no entanto, foram registradas quedas: média móvel trimestral (-2,6%), comparação com maio de 2019 (-7,2%) e acumulado do ano (-3,9%).
Na passagem de abril para maio, foram registradas altas em todas as oito atividades pesquisadas pelo IBGE: tecidos, vestuário e calçados (100,6%), móveis e eletrodomésticos (47,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (45,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (18,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (16,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,1%) e combustíveis e lubrificantes (5,9%).
“É isso que nos dá esperança em recuperar a economia. Não tenho dúvidas de que havendo a oportunidade de abrir, o comércio se adapta e recupera”, comenta o vice-presidente.
De acordo com Manoel Batista de Oliveira, o varejo ampliado, que também considera os setores de materiais de construção e de veículos e peças, teve crescimento de 19,6% na comparação com abril. Os veículos, motos e peças cresceram 51,7%, enquanto os materiais de construção tiveram alta de 22,2%. Nas outras comparações, no entanto, foram registradas quedas: média móvel trimestral (-5,9%), comparação com maio de 2019 (-14,9%), acumulado do ano (-8,6%) e acumulado de 12 meses (-1%).
“O importante é perceber que o varejo tem fôlego”, disse entusiasmado. “Mas quanto mais demora, menos fôlego passa a ter, pois, com o comércio parado é preciso antecipar decisões ou não evita-las”, explicou ao se referir ao fechamento de empresas e dispensa de funcionários.
Crescimento
Por outro lado a receita nominal do varejo cresceu 9,9% na comparação com abril deste ano e 2,7% no acumulado de 12 meses. No entanto, teve quedas de 3,4% na média móvel trimestral, de 5,2% na comparação com maio do ano passado e de 0,6% no acumulado do ano.
Já a receita do varejo ampliado teve altas de 15,1% na comparação com abril deste ano e de 1,4% no acumulado de 12 meses. Registrou, no entanto, quedas de 5,8% na média móvel trimestral, de 12,1% na comparação com maio de 2019 e de 5,4% no acumulado do ano.
“Essa gangorra será permanente e constante. Quando ganha de um lado perde do outro. A esperança é de dias melhores com o comércio funcionando”, disse o vice-presidente da ACIM.