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São Paulo

Caso Vitória: Maicol, principal suspeito, confessa assassinato

Durante o interrogatório, Maicol apresentou versões conflitantes até confessar o crime ler

19 de março de 2025 - 09:00

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (18), o delegado Luiz Carlos do Carmo, chefe do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), classificou Maicol Antonio Sales dos Santos, preso pelo assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, como “psicopata”.

Segundo a polícia, Maicol confessou o crime em depoimento e revelou detalhes do homicídio. As investigações apontam que ele mantinha uma obsessão pela vítima, a quem “stalkeava” desde o ano passado.

A polícia identificou que o suspeito comprou uma balaclava pela internet e utilizou o acessório no momento do ataque. Após se tornar alvo das investigações, Maicol apagou imagens de seu aparelho celular, incluindo fotos de facas e um revólver. No entanto, os agentes conseguiram recuperar os arquivos deletados.

O delegado Fábio Cenacchi, responsável pela Delegacia de Cajamar, esclareceu que a causa da morte foi uma hemorragia traumática causada por golpes de faca na região do pescoço. “Não houve decapitação, não houve espancamento, e nenhuma fratura. A única violência física foram as facadas, e uma delas pegou a base da aorta e, portanto, houve a hemorragia traumática”, afirmou Cenacchi. Ele também comentou sobre a hipótese de “descolamento do couro cabeludo” da vítima, o que poderia ter gerado a percepção de que a jovem teve a “cabeça raspada”. No entanto, segundo o delegado, os médicos legistas não acreditam que tenha ocorrido tal procedimento, e Maicol não mencionou nada a respeito em seu depoimento.

Em seu relato à polícia, Maicol detalhou como planejou e executou o assassinato. Na noite do crime, Maicol disse que foi esperar Vitória no ponto de ônibus, em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela não estava mais lá, mas, segundo Maicol, os dois acabaram se encontrando quando ela já estava a pé, a caminho de casa. Segundo Maicol, Vitória concordou em entrar no carro dele. Maicol disse que pediu que ela não contasse nada à mulher dele e afirmou que, nesse momento, Vitória teria tentado agredi-lo. Ele conta que se exaltou, pegou uma faca que levava no carro e que atacou Vitória.

Depois do crime, Maicol disse que entrou em desespero, foi para casa e colocou o corpo de Vitória no porta-malas do carro, e que pegou uma enxada e seguiu até uma estrada de terra, onde abriu uma cova e enterrou o corpo.

As investigações seguem em andamento.

 

Redator: Karini Yumi

Revisor: Maísa Faria

Imagens: Reprodução/ Divulgação

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