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Calcinha de Anitta e saia de Maisa marcam a volta da moda dos anos 2000

Tops em formato de borboleta, músicas com influências emo e remakes de séries como 'Sex and the City' resgatam o período ler

29 de abril de 2022 - 10:00

O que a microssaia da Miu Miu usada pela apresentadora Maisa Silva e a calcinha à mostra de Anitta no videoclipe sexy de “Envolver”têm em comum? As duas são ecos de um movimento que vem crescendo nos últimos tempos —a volta dos anos 2000.

É cada vez mais comum esbarrar com calças de cintura baixa, calcinhas e cuecas à mostra, peças sobrepostas —tal qual o visual polêmico de Maisa, cuja microssaia deixava entrever a barra de sua camisa—, acessórios metalizados e decotes ombro a ombro.

Só no ano passado, por exemplo, as buscas por “roupas dos anos 2000” no Pinterest aumentaram em 47% em relação a 2020. De abril a agosto, a procura por peças ultracoloridas —sobretudo nas cores rosa-choque e laranja— no aplicativo de compras da Lyst cresceu 191% em relação ao mesmo período do ano anterior. A plataforma relata ainda que, em fevereiro de 2022, o termo “minissaias” foi pesquisado cerca de 900 vezes por dia.

A Shein, multinacional que faz sucesso nas redes com uma cartela de opções extensas tem até uma categoria dedicada ao estilo, a Y2K, com mais de 5,3 mil peças à venda.

A estética é moldada a partir do final dos anos 1990, quando o grunge e o minimalismo foram saindo dos holofotes para dar lugar à extravagância, ao “street wear” do hip-hop e ao exagero, em meio à chegada da internet e da globalização.

Um look marcante é o famoso top em formato de borboleta que Mariah Carey usou em 2000, num tributo a Diana Ross. Recentemente, a peça ressurgiu das cinzas e atraiu nomes como os das cantoras Dua Lipa e Olivia Rodrigo, jovem conhecida por surfar nessa onda nostálgica com canções que resgatam o pop punk e o emo do período.

Há ainda outras estrelas que têm tido os seus looks revisitados. O look jeans dos pés à cabeça que Britney Spears e seu então namorado, Justin Timberlake, usaram em 2001 —visual que é alvo de piadas até hoje— tem inspirado tops, saias e vestidos no material. A barriguinha de fora e os tops mínimos de Paris Hilton também voltaram a aparecer com frequência, num aceno ao início do milênio.

mulher e homem vestidos com roupas 100% jeans, do pé a cabeça

A retomada não se limitou à internet e às marcas de fast fashion, e pôde ser vista nos desfiles de alta costura da Semana de Moda de Paris. Lá, abundavam modelitos com recortes pélvicos, tecidos transparentes, alças cruzadas, costas cavadas e muito brilho.

“Cintos estilo corrente, aplicações de strass, grampos e presilhas ornamentadas em proporções grandes e ‘bucket hats’ são a cara dos anos 2000”, diz Liliah Angelini, da WGSN, bureau de tendências. “Essa estética está dominando toda cultura digital e influenciando não só millennials [os nascidos entre 1980 e 1994], como também a geração Z [os nascidos entre 1995 e 2010].”

Segundo Angelini, o principal motivo para millennials voltarem a se encantar com o estilo é a nostalgia gerada por um possível escapismo da realidade pandêmica, porque, ainda que essa retomada ao período seja gradual e venha pipocando desde 2019, foi justamente na era Covid que ganhou proporções maiores.

“A pandemia, enquanto momento desafiador, gerou sentimentos como medo e incerteza, fazendo a nostalgia ser resgatada como forma positiva de lidar com esses sentimentos”, diz ela.

Apesar de a moda ser cíclica por natureza e a cultura pop sempre fazer reciclagens, a pandemia, de fato, tem relação com o despertar nostálgico. A neurocientista Lívia Ciacci, do Supera Ginástica para o Cérebro, afirma que diante de sobrecargas e momentos turbulentos, “o cérebro procura um alívio” em sensações de carinho, conforto e segurança.

“Reviver memórias que foram impactantes emocionalmente para uma geração é uma maneira de gerar um conforto coletivo. E memórias não são estáticas. A cada vez que as revisitamos, incrementamos detalhes e damos maior impacto a um ou outro aspecto delas. Por isso, com o passar do tempo, elas se tornam bem diferentes do que foram na realidade.”

Também fora dos guarda-roupas e das passarelas é possível dar de cara com essa onda de resgate dos anos 2000. Nas paradas musicais, “Desenrola, Bate e Joga de Ladinho”, um dos maiores hits atuais, sobretudo no TikTok, traz as batidas lentas que dominavam o funk carioca do período.

A canção é uma parceria entre os Hawaianos —banda que ganhou notoriedade com a produção do Furacão 2000 e, após anos de hiato, voltou à formação original em 2021—, o rapper L7nnon e os DJs Bel da CDD e Biel do Furduncinho.

No Brasil, Anitta usou o revival do emo para tentar emplacar nos Estados Unidos sua faixa “Boys Don’t Cry” e se inspirou bastante na estética dos videoclipes de rock melódico que dominavam a grade da MTV nos anos 2000.

Há ainda o álbum “Doce 22”, de Luísa Sonza, com faixas nomeadas por códigos digitais dessa época, como carinhas smiley e corações “s2”, e o clipe “Bonekinha”, de Gloria Groove, que traz elementos como lan houses e um celular de flip rosa.

“Para os produtores e plataformas de distribuição, é uma jogada certa. Se fez muito sucesso, chamam o assunto de volta. Existe uma dinâmica cultural que é cíclica. E os streamings têm uma engenharia de produção muito mais curta e condensada do que o cinema, então retomar sucessos é uma ótima estratégia”, afirma José Roberto Sadek, professor de cinema da Faap.

Segundo o professor, a onda nostálgica das roupas, músicas, séries e filmes dessa época tem ainda um significado mais intenso no caso brasileiro.

“Além da pandemia, estamos vendo um país onde as pessoas querem ir embora”, diz ele. “É reconfortante lembrar tempos mais alegres e de mais dinheiro, porque é como se de lá para cá, tivéssemos só ido ladeira abaixo.”

Fonte: Folha de São Paulo

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