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Brasil & Estados Unidos: 201 anos de parceria diplomática bilateral
Hoje completam-se 201 anos desde que os EUA se tornaram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil ler
Neste 26 de maio de 2025, completam-se exatos 201 anos desde que os Estados Unidos se tornaram o primeiro país a reconhecer oficialmente a independência do Brasil. Em 1824, o gesto da jovem república norte-americana representou um marco simbólico e político, que ajudou a consolidar a soberania do Brasil recém-separado de Portugal.
Hoje, dois séculos depois, esse relacionamento histórico atravessa uma fase de reavaliação em meio a mudanças significativas na política global, especialmente após o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA.
1824: o primeiro reconhecimento e a lógica hemisférica
A decisão dos EUA, formalizada em 26 de maio de 1824, veio menos de dois anos após a Proclamação da Independência, ocorrida em 7 de setembro de 1822.
À época, o Brasil enfrentava desafios para obter reconhecimento internacional, especialmente de potências europeias como o Reino Unido, que condicionavam esse reconhecimento à indenização financeira a Portugal.
Os Estados Unidos, guiados pela recém-anunciada Doutrina Monroe (1823), optaram por reconhecer a independência brasileira como parte de uma estratégia para fortalecer a autonomia política das Américas e conter a influência europeia no continente. O gesto tinha também motivações comerciais: abrir mercados e estabelecer parcerias com novos estados latino-americanos.
Esse reconhecimento deu legitimidade internacional ao Império do Brasil e inaugurou formalmente as relações diplomáticas entre os dois países. Uma conexão que, com altos e baixos, tem persistido por dois séculos.
2023–2024: uma fase de reaproximação estratégica
Durante o governo de Joe Biden, os laços entre Brasil e EUA ganharam novo fôlego. Biden e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotaram agendas relativamente convergentes em áreas como defesa da democracia, transição energética e preservação ambiental.
Em 2023, os EUA anunciaram sua entrada no Fundo Amazônia, com um aporte inicial de US$ 500 milhões, além de firmarem acordos de cooperação para o combate à desinformação e o fortalecimento de instituições democráticas.
No âmbito multilateral, os dois países colaboraram ativamente em fóruns como o G20, a COP28 e o Conselho de Direitos Humanos da ONU, promovendo iniciativas em defesa da equidade racial, dos direitos indígenas e do desenvolvimento sustentável.
2025: o retorno de Trump e a virada no eixo diplomático
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024, no entanto, introduziu uma nova dinâmica na relação bilateral. Conhecido por sua política externa voltada ao isolacionismo, ao protecionismo econômico e ao ceticismo ambiental, Trump reassumiu a presidência com a promessa de revisar acordos multilaterais e impor uma agenda nacionalista mais rígida.
Esse novo cenário provocou descompassos com a diplomacia brasileira, especialmente em temas como mudanças climáticas, defesa da democracia e direitos humanos. O futuro do Fundo Amazônia-EUA, por exemplo, está atualmente em suspenso, diante das sinalizações da Casa Branca de que pretende condicionar novos aportes a revisões unilaterais de metas.
Ainda assim, setores diplomáticos de ambos os países buscam preservar espaços de cooperação técnica, como nas áreas de segurança cibernética, comércio agrícola, e intercâmbio científico. Além disso, parlamentares e governadores dos dois lados têm atuado para manter pontes diretas, fora da lógica puramente presidencialista.
Um reconhecimento que ainda ecoa
O gesto de 1824 não foi apenas um ato formal: foi um movimento estratégico que ajudou a moldar o mapa geopolítico das Américas. Hoje, 201 anos depois, o simbolismo daquele reconhecimento reaparece como lembrete da importância da diplomacia paciente e da construção de alianças duradouras.
As mudanças no cenário da política internacional, no entanto, nos convidam a uma reflexão: por quanto tempo essa aliança hemisférica poderá se manter firme?
Redação: Isabela Campanhã da Silva
Revisão: Luísa Guena
Reprodução de Imagem: Freepik