Aumento de Casos de Injúria Racial em São Paulo
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Crescimento de denúncias e a necessidade de combate ao racismo ler
Os casos de injúria racial em São Paulo aumentaram 14,42% nos primeiros quatro meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. As denúncias subiram de 215 para 246, enquanto os registros de racismo também cresceram 11,9%, passando de 295 para 328 ocorrências. Esses números reforçam a urgência de políticas públicas e ações efetivas para combater a discriminação racial no estado.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo destacou o papel da Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi), vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga crimes motivados por preconceito de raça, cor, religião, orientação sexual e outros fatores. Em 2024, a Decradi registrou 73 boletins de ocorrência relacionados a crimes raciais, enquanto no primeiro trimestre de 2025, já foram 25 registros. Apesar da estrutura especializada, o aumento nas denúncias indica a persistência do problema.
Diante do cenário preocupante, a OAB-SP e a Defensoria Pública oferecem, desde novembro de 2024, assistência jurídica gratuita para vítimas de injúria racial e racismo. O serviço já realizou 94 atendimentos em 2025 e mais de 1,22 milhão entre 2022 e 2024. Para ter acesso ao apoio, é necessário passar por uma triagem que comprove hipossuficiência econômica, garantindo que pessoas em situação de vulnerabilidade recebam orientação adequada.
O crescimento nas denúncias pode refletir tanto o aumento da violência racial quanto uma maior conscientização sobre a importância de registrar esses crimes. No entanto, especialistas alertam que muitos casos ainda são subnotificados, seja por medo de represálias ou descrença no sistema. A educação antirracista e a fortalecimento de canais de denúncia são fundamentais para mudar essa realidade.
Para que as políticas de combate ao racismo sejam eficazes, é essencial monitorar constantemente os dados e ajustar as estratégias conforme a realidade. O aumento nas estatísticas pode indicar tanto uma maior conscientização para denunciar quanto uma escalada na violência racial — e só uma análise detalhada poderá apontar a direção correta. Além disso, é preciso fiscalizar o cumprimento das leis, como a criminalização do racismo (Lei nº 7.716/1989) e a injúria racial (artigo 140, §3º do Código Penal), garantindo que os agressores não fiquem impunes. A criação de mais delegacias especializadas, como a Decradi, e a capacitação de agentes públicos para lidar com esses casos são medidas urgentes. A sociedade deve cobrar transparência e eficiência do poder público, pois só com ações integradas e persistentes será possível reduzir esses números e construir uma sociedade verdadeiramente igualitária.
Revisor: Ana Rafaela Nascimento