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A política também tem sua ética
Segundo Renato Janine, não é uma ética da indecência, trata-se de uma ética até mais difícil, porque exige um equilíbrio entre princípios fortes e a realidade do mundo ler
O uso da ficha limpa para cassação de mandato eleito é legítimo, como ocorreu com o deputado federal Deltan Dallagnol? De acordo com o professor Renato Janine, essa questão toca no cerne de uma discussão que mobiliza, ou imobiliza, o Brasil há décadas, que começa com o tema da ética na política e vai se estendendo pela ideia de que a nossa política não é ética, de que os políticos, em especial, não são éticos, então seria necessário introduzir elementos de decência na política.
“Geralmente, nós entendemos que a ética diz respeito à vida privada e a política à vida pública, e justamente porque consideramos que a nossa vida pública é muito difícil, muito complicada, muitas pessoas acabam entendendo que nela há uma espécie de vale tudo ou chegam no limite de dizer ‘todos os políticos são corruptos’. Não é verdade.”
Diz o colunista que, justamente por se considerar com tanta frequência que a vida pública no Brasil esbarra no problema da falta de ética, surgiu, desde os anos 90, todo um movimento pela ética na política, que acabou resultando no impeachment de Collor, em 1992. “Eu mesmo trabalhei muito essa questão sobre as duas éticas e eu entendo que a política também tem sua ética e não é uma ética da indecência, é uma ética até mais difícil, a rigor, porque exige um equilíbrio entre princípios fortes e, ao mesmo tempo, a realidade do mundo.”
A ficha limpa foi, portanto, uma lei que emanou disso “e o problema da ficha limpa talvez esteja justamente na ideia de que a nossa política, de certa forma, é irrecuperável e que o eleitor mesmo não sabe votar”.
Mais adiante, em seu comentário, Janine diz que um dos grandes vícios da política brasileira é usar a acusação de corrupção contra tudo e contra todos. “Grande argumento no Brasil, quando você não tem argumento, é atacar o outro, acusando de corrupto; quando um lado é corrupto, é a luta do bem contra o mal, e não é democracia a luta do bem contra o mal, a democracia supõe que você tenha uma direita e uma esquerda, por assim dizer, que ambas sejam legítimas e você escolhe pela sua preferência. O problema de querer tutelar o voto do eleitor, como fez a Lava Jato, impedindo candidaturas, caçando gente, o problema é que acaba dando nisso, acabou até o feitiço se voltando contra o feiticeiro”, conclui.
Fonte: Jornal da USP