Nesta quinta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou um plano de impor tarifas recíprocas aos países que aplicam impostos sobre importação de produtos americanos. Tal medida busca equilibrar a balança comercial, mas também pode impactar economicamente vários países, incluindo o estadunidense. 

Segundo funcionários da Casa Branca, as tarifas não serão aplicadas imediatamente. Assim, os países afetados terão a chance de negociar com o governo americano. Além disso, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que cada país será abordado individualmente e que os estudos sobre as tarifas e possíveis acordos serão concluídos até 1° de abril. 

As tarifas corresponderiam às maiores taxas de impostos cobradas por outros países, além de terem o intuito de neutralizar barreiras comerciais não tarifárias.

Os principais países afetados são China, Japão, Coreia do Sul e União Europeia. Além disso, México, Canadá e União Europeia criticam a medida anunciada. Já o Japão e a Austrália tentam negociar isenção das taxas.

Diante desse cenário, economistas afirmam que tal medida pode impactar a inflação dos EUA, algo que já vem aumentando gradativamente. Tanto que, diante disso, o presidente americano prometeu, em sua campanha, reduzir a inflação, porém, com tais propostas, ele afirmou que os preços poderiam subir como consequência das mudanças.

 Ademais, impactos econômicos no Brasil também poderão ocorrer, já que, além do etanol brasileiro ter sido citado no plano, a balança comercial estadunidense perante ao Estado Brasileiro não está muito favorável. Enquanto, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões de biocombustível brasileiro, eles exportaram apenas R$ 52 milhões para o Brasil. Além disso, indústrias de aço e alumínio também se preparam para o aumento dos custos, já que, a partir do dia 12 de março, aplicarão as tarifas. 

Desse modo, 27 países da União Europeia se reuniram para debater qual seria a resposta às ações de Trump. Pois, tais medidas, podem influenciar em uma guerra comercial, tendo severos impactos econômicos.

Redator: Maísa Faria

Revisor: Karini Yumi

Reprodução de Imagem: Alan Santos /PR / Agência Brasil

Maísa Faria Pereira Graduanda no curso de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista - campus de Marília. Membro do Laboratório de Realidades Virtualizadas da Unesp de Marília.