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Trump ameaça impor tarifas de 100% ao BRICS
O que isso significa para o bloco? ler
O recém-empossado presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a ameaçar o BRICS, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Caso os países do grupo avancem com suas iniciativas de desdolarização, Trump anunciou que poderá impor tarifas de até 100% sobre as transações comerciais com os Estados Unidos.
Esse cenário pode impactar diretamente a economia global e a dinâmica do comércio internacional.
Ameaças de Trump e a desdolarização
Trump tem sido enfático em sua oposição à desdolarização promovida por alguns membros do BRICS, especialmente China e Rússia. Ele declarou que os países que tentarem reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais enfrentariam tarifas severas.
Para ele, qualquer tentativa de substituição do dólar causaria sérias consequências econômicas, com a ameaça de uma tarifa de 100% em transações comerciais.
Em suas palavras, “Se um país do BRICS sequer pensar em continuar com a ideia de desdolarização, enfrentará uma tarifa de 100% e desistirá disso imediatamente”. A medida visaria desestimular iniciativas de criação de novas moedas ou alternativas que possam desafiar a hegemonia do dólar.
Trump considera que a estabilidade econômica dos Estados Unidos está diretamente ligada à manutenção do dólar como moeda global dominante.
O BRICS e seus poderes econômicos
O BRICS representa uma enorme fatia da economia mundial. Juntos, seus membros respondem por 37% do PIB global, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, e 26% do comércio mundial, conforme a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Além disso, o bloco detém grandes reservas de recursos naturais essenciais para a economia global.
Os países do BRICS possuem 44% das reservas de petróleo, 53% das reservas de gás natural e 72% das reservas globais de terras raras. Essa produção de recursos também é significativa, com 43% do petróleo e 35% do gás natural oriundos do bloco.
As potências econômicas do BRICS não se limitam a recursos naturais: Rússia e Brasil também abrigam as maiores reservas de água doce do planeta.
Poder militar e influência geopolítica dos BRICS
No campo militar, o BRICS é composto por três potências nucleares: Rússia, China e Índia. Isso aumenta ainda mais a relevância geopolítica do bloco, tornando-o um ator importante no cenário global.
O crescente poder do BRICS representa um desafio direto à hegemonia americana, especialmente à medida que o bloco avança em sua agenda de maior autonomia financeira e comercial.
Outro fator que acirra as tensões é a aproximação da Arábia Saudita com o BRICS. Tradicional aliado dos Estados Unidos, o país tem se mostrado mais receptivo à ideia de diversificação de parcerias econômicas. Isso ameaça reduzir a influência dos EUA na região e pode reforçar a aliança entre os membros do BRICS.
Brasil na presidência do BRICS: prioridades e respostas às ameaças
Com a presidência do BRICS em mãos, o Brasil tem se concentrado em temas como a diversificação de meios de pagamento dentro do bloco, apesar das ameaças de Trump.
A presidência brasileira reforçou que a proposta do BRICS não envolve a criação de uma nova moeda para substituir o dólar. Em vez disso, o foco está em facilitar transações entre os países membros por meio de sistemas de pagamento localizados, como o já existente no Mercosul.
De acordo com fontes da diplomacia brasileira, não há qualquer iniciativa concreta para substituir o dólar. O objetivo é promover uma maior diversificação nas opções de pagamento.
Para o Brasil, essa discussão é essencial para facilitar o comércio e os investimentos no bloco, uma das prioridades da presidência brasileira.
Além disso, o Brasil apresentou outras cinco prioridades para sua liderança no BRICS:
- Facilitação do comércio e investimentos entre os países.
- Promoção da governança responsável da Inteligência Artificial.
- Aprimoramento das estruturas de financiamento para mudanças climáticas.
- Estímulo a projetos de saúde pública com foco no Sul Global.
- Fortalecimento institucional do BRICS.
Implicações da ameaça de tarifas para o BRICS
Ou seja, se Trump seguir com a implementação das tarifas de 100%, o impacto será significativo para os países do BRICS, especialmente para China e Rússia, que são os principais defensores da desdolarização.
No entanto, como a Índia tem uma postura mais cautelosa em relação a esse movimento e o Brasil também não se vê como parte de uma mudança radical, a resposta do bloco pode ser mais moderada do que Trump espera.
Ainda assim, as ameaças de Trump refletem o temor dos Estados Unidos em perder a supremacia econômica e financeira para o BRICS, que já exerce um grande poder econômico e geopolítico. A continuidade dessa pressão poderá agravar ainda mais as tensões comerciais globais.
O futuro do BRICS sob ameaças de Trump
Desse modo, as tensões entre os Estados Unidos e o BRICS estão longe de ser resolvidas. A ameaça de Trump de impor tarifas pesadas se o bloco continuar com a ideia de desdolarização é uma clara tentativa de preservar a hegemonia do dólar no comércio internacional.
Contudo, os países do BRICS, liderados por China e Rússia, estão determinados a diversificar suas opções financeiras, o que pode resultar em novos desafios para as relações comerciais globais.
À medida que o BRICS fortalece sua posição econômica e política, a reação de Trump será crucial para definir a trajetória do bloco nos próximos anos. A resposta do BRICS às ameaças de tarifas pode moldar o futuro das relações internacionais, com implicações para a estabilidade econômica global.
Redatora: Isabela Campanhã da Silva
Revisora: Luísa Guena
Reprodução de Imagem: Gerd Altmann por Pixabay
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