Tropas em Los Angeles: protestos contra políticas migratórias de Trump mobilizam milhares
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Tropas em Los Angeles: protestos contra políticas migratórias de Trump mobilizam milhares
Mais de dois mil soldados da Guarda Nacional foram deslocados ler
Mais de dois mil soldados da Guarda Nacional foram deslocados para Los Angeles neste domingo (8), em resposta a manifestações crescentes contra as medidas migratórias do governo Donald Trump. Além disso, cerca de 700 fuzileiros navais estão em prontidão para possível mobilização nos próximos dias. A movimentação ocorre após quatro dias de protestos intensos, marcados por confrontos e detenções.
Autoridades da Califórnia contestam legalidade da ação federal
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o procurador-geral do estado, Rob Bonta, anunciaram que irão acionar a Justiça contra o governo federal. Segundo eles, o envio das tropas foi realizado sem autorização estadual, violando a Constituição dos Estados Unidos. Bonta classificou a medida como uma “escalada inflamatória” e um abuso da autoridade federal.
Em pronunciamento na Casa Branca, o presidente Donald Trump defendeu a ação como necessária para “restaurar a ordem”. Ele alegou que os protestos estavam saindo do controle e que a presença das forças militares era indispensável. “Fizemos a coisa certa. Não vamos permitir que a violência se espalhe”, afirmou o presidente.
Prefeita e governador acusam Trump de fomentar o caos
A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, responsabilizou diretamente o governo federal pelo agravamento dos conflitos na cidade. Segundo ela, a presença militar representa uma “escalada perigosa” e um risco à segurança local. Já o ex-governador de Nova York, Andrew Cuomo, alertou que outras grandes cidades podem ser os próximos alvos da mesma estratégia.
Em San Francisco, no domingo (8), manifestações também foram registradas. De acordo com o Departamento de Polícia da cidade, 148 pessoas foram detidas após atos que terminaram em vandalismo e confrontos com agentes. O prefeito Daniel Lurie reforçou que o direito ao protesto é legítimo, mas condenou comportamentos violentos.
No bairro de Paramount, região majoritariamente latina, os protestos foram marcados por confrontos intensos com agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Moradores relataram o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes. Migrantes se refugiaram em comércios locais com medo das batidas federais.
México confirma detenção de cidadãos no contexto das operações
O chanceler mexicano Juan Ramón de la Fuente afirmou que ao menos 42 cidadãos mexicanos — incluindo cinco mulheres — estão sob custódia após as recentes operações imigratórias na Califórnia. Ele declarou preocupação com a segurança dos detidos e com o tratamento dado aos migrantes.
Especialistas jurídicos apontam que a decisão de Trump em mobilizar a Guarda Nacional sob controle federal é incomum e polêmica. Historicamente, medidas semelhantes ocorreram apenas em contextos de grave ameaça à ordem pública, como durante os protestos pelos direitos civis. A Constituição prevê limites claros à intervenção federal nas competências estaduais.
Críticas apontam motivações políticas na ação de Trump
Lideranças democratas, incluindo Newsom, acusam o presidente de usar o aparato de segurança como instrumento político. Segundo eles, a estratégia busca tensionar a relação com estados de oposição e reforçar uma imagem de autoridade às vésperas de disputas eleitorais. A governadora classificou as operações como “cruéis e desnecessárias”.
Panorama incerto e tensão crescente
Reconhecida como cidade “santuário”, Los Angeles possui políticas locais que limitam a cooperação com autoridades federais em assuntos migratórios. Com uma das maiores populações imigrantes dos EUA, a cidade se tornou palco central da resistência às ações do governo federal. Medidas municipais e estaduais tentam proteger trabalhadores indocumentados e garantir acesso a serviços essenciais.
Enquanto a Guarda Nacional se posiciona nas ruas de Los Angeles, cresce a incerteza sobre os próximos capítulos do conflito entre o governo federal e autoridades locais. O embate escancara divisões profundas sobre o papel dos estados, o tratamento a imigrantes e os limites do poder presidencial em tempos de crise política e social.
Redator: Maísa Faria
Revisor: Karini Yumi
Reprodução de Imagem: Eric Thayer/AP