Morte dentro da penitenciária

Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar três pessoas da família do marido, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, a Polícia Penal suspeita se tratar de um suicídio.
A detenta foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal na penitenciária. Os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência, que constatou o óbito. Segundo o Samu, a morte ocorreu por “asfixia mecânica autoinfligida”. Deise estava sozinha na cela.
As circunstâncias da morte serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.

O crime do bolo envenenado

Deise estava presa desde 5 de janeiro, acusada de adicionar arsênio à farinha usada em um bolo consumido em Torres, no Litoral Norte do RS, na véspera de Natal.

Sete pessoas da mesma família passaram mal após comer o doce. Três mulheres morreram, enquanto outras, incluindo Zeli dos Anjos, sogra de Deise, foram hospitalizadas.
Zeli sobreviveu e recebeu alta em janeiro. A Polícia Civil suspeitava que Deise havia envenenado a farinha usada no bolo com arsênio.

Outras suspeitas de envenenamento

Além do caso do bolo, a polícia investigava se Deise também estava envolvida na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos. Ele faleceu em setembro, após consumir alimentos levados por ela.
Deise foi presa temporariamente em janeiro e transferida para Guaíba por questões de segurança.

Recado antes da morte

Antes de ser encontrada morta, Deise deixou um recado. O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, descreveu o bilhete como “um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão”.
A administração do presídio havia sido alertada sobre o risco de suicídio após Deise ser informada da intenção do marido de formalizar o divórcio.

Acompanhamento dentro do presídio

A Polícia Penal informou que Deise recebeu três atendimentos psicológicos e dois atendimentos com a equipe de saúde durante sua estadia na penitenciária. A rotina de inspeção é permanente, com revistas diárias nas celas. A investigação sobre o caso continua.

Redator: Luísa Guena
Revisor: Isabela Campanhã
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Luisa Guena Estudante de Relações Internacionais na Unesp - Marília, atualmente no 7° semestre. Possui experiência em jornalismo, gestão de pessoas, comunicação e organização. Redatora e revisora do jornal Marília do Bem, atuou como Diretora de Comunicações no Centro Acadêmico. Na Sage - Soluções Globais, contribui para a gestão de pessoas e o bem-estar da equipe. Atualmente, é Assistente Administrativa no Instituto Valquíria Arenas, trabalhando com marketing digital, organização de processos internos e suporte estratégico.