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Sindicato do Comércio também tentará reverter liminar que limita flexibilização

Advogada do Sindicato afirmou que pretende apresentar quadros comparativos com incoerências nas regras estaduais, além de dados dos órgãos de saúde ler

06 de junho de 2020 - 15:45

O Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista) de Marília e Região anunciou hoje, 6 de junho, que irá protocolar no TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), pedido para ingressar como terceiro interessado na ação civil pública, do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), que impõe mudança na lei e decreto municipais que aumentava a flexibilização da quarentena em Marília, além de pedir a revisão imediata da liminar concedida ontem (5) pelo Órgão Especial do TJ-SP.

A advogada Daniela Ramos Marinho, coordenadora do departamento jurídico do Sindicato, explicou que o terceiro interessado é uma figura jurídica prevista no artigo 119 do Código de Processo Civil e possibilita a intervenção de terceiro em casos onde a decisão possa atingir seus interesses.

“No caso, o Sindicato do Comercio Varejista de Marília, representante legal dos comerciantes desta cidade possui legítimo interesse em participar da demanda visto que, uma vez mantida a decisão, os efeitos para o comércio de Marília são irreversíveis”, explicou Daniela.

A advogada afirmou ainda que, além de dados técnicos dos órgãos de saúde, pretende apresentar quadros comparativos com incoerências nas regras estaduais, informações sobre o impacto econômico e fundamentos jurídicos para proteger as atividades sem descuidar da vida.

Liminar

O desembargador do TJ-SP, João Francisco Moreira Viegas, determinou a suspensão do decreto e da lei municipais que flexibilizaram a quarentena determinada pelo Plano São Paulo para a cidade de Marília.

A decisão impõe uma derrota ao prefeito Daniel Alonso (PSDB) que decidiu reenquadrar a cidade na Fase 4 (verde) do Plano São Paulo por vontade própria. Inclusive com abertura de bares, restaurantes, salões de beleza, academias, clubes e igrejas. E agora está obrigado pela Justiça a fechar estabelecimentos e limitar o horário de funcionamento para quatro horas diárias, conforme decreto do governador João Doria (PSDB).

Contudo, em vídeo divulgado nas redes sociais, em seu perfil pessoal no Facebook, o prefeito afirmou que a Prefeitura não havia sido notificada oficialmente sobre a liminar. Enquanto isso, a abertura do comércio e a liberação de serviços na cidade continuam como estão.

“Enquanto não chegar a notificação, fiquem em paz, continua tudo com está”, afirmou Daniel Alonso.

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