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Shenzhou-20: China lança nova missão tripulada rumo à estação Tiangong
Três astronautas farão parte da tripulação, que deve permanecer em órbita por cerca de seis meses ler
A China se prepara para lançar, ainda nesta semana, a missão tripulada Shenzhou-20, com destino à Estação Espacial Tiangong. Três astronautas farão parte da tripulação, que deve permanecer em órbita por cerca de seis meses. A missão representa mais um passo no ambicioso projeto espacial chinês, que mira a construção de uma base permanente na superfície lunar. Segundo a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA), a nave Shenzhou e o foguete Longa Marcha-2F já foram transportados para a plataforma de lançamento em Jiuquan, no deserto de Gobi.
Estação Espacial Tiangong: o “palácio celestial”
Conhecida como “palácio celestial”, a Estação Espacial Tiangong foi lançada oficialmente em abril de 2021 e vem sendo ampliada gradualmente desde então. Embora ainda incompleta, a estação já conta com três módulos principais, dois deles dedicados a atividades laboratoriais. O projeto final prevê que a estrutura comporte até 25 módulos.
A Tiangong é mais do que uma estação de pesquisa: ela simboliza o avanço de uma infraestrutura independente, que permite à China executar missões complexas sem depender de parceiros internacionais. Nos últimos anos, a exclusão do país de programas como a Estação Espacial Internacional (ISS) acelerou o investimento em projetos próprios. Hoje, a Tiangong é um dos principais instrumentos da estratégia chinesa para explorar o espaço profundo. Por meio dela, a China pretende não apenas realizar experimentos científicos, mas também desenvolver tecnologias fundamentais para uma futura presença humana na Lua — e, eventualmente, em Marte.
A missão anterior, a Shenzhou-19, trouxe importantes avanços científicos. Os astronautas conduziram experimentos que simulam o ambiente lunar, com foco na resistência de materiais que imitam o solo da Lua. Essas pesquisas são cruciais para entender como radiações, variações extremas de temperatura e microgravidade afetam os “tijolos lunares” — material essencial para futuras construções fora da Terra.
O grande destaque da missão aconteceu no dia 17 de dezembro de 2024. Na data, os astronautas Cai Xuzhe e Song Lingdong realizaram a caminhada espacial mais longa já registrada por uma tripulação chinesa: foram 9 horas e 6 minutos fora da estação. Durante a atividade, instalaram dispositivos de proteção contra detritos espaciais, além de inspecionar e fazer manutenção em equipamentos externos. A operação exigiu precisão, resistência física e um elevado grau de cooperação entre os astronautas.
Base lunar e direito espacial: a China pode construir uma base na Lua?
A ideia de construir uma base permanente na Lua desperta curiosidade, mas também levanta questões sobre sua legalidade. De acordo com o Tratado do Espaço Exterior, assinado em 1967, nenhum país pode reivindicar soberania sobre corpos celestes, como a Lua. O acordo, no entanto, permite a exploração para fins pacíficos, inclusive por meio de instalações permanentes, desde que não envolvam atividades militares ou de domínio.
Tanto a China quanto os Estados Unidos são signatários do tratado, e, ao menos em tese, estão sujeitos às mesmas regras. Especialistas afirmam que o projeto chinês não viola nenhuma cláusula — pelo contrário, respeita os parâmetros legais vigentes. No entanto, o avanço tecnológico e a possível ocupação do solo lunar reacendem debates sobre governança espacial e a necessidade de revisões ou atualizações no tratado. A presença física da humanidade na Lua, ainda que parcial, exige novas formas de cooperação e regulação internacional, algo que o cenário atual ainda não oferece.
Enquanto a China investe em missões científicas de longo prazo, os Estados Unidos seguem um caminho diferente, voltado principalmente para a exploração comercial do espaço. Nos últimos anos, empresas privadas como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, passaram a liderar iniciativas antes exclusivas da NASA. O foco, agora, é o turismo suborbital.
A recente viagem da cantora Katy Perry, por exemplo, simboliza essa nova era de acesso ao espaço para civis. Desde o fim da Guerra Fria, o investimento estatal norte-americano no setor diminuiu, e o espaço passou a ser visto também como mercado. Essa mudança não elimina a importância dos EUA na exploração científica, mas mostra como as prioridades se diversificaram. Hoje, o país combina missões científicas com oportunidades comerciais — enquanto a China mantém um foco estatal, estratégico e de longo prazo.
Direito de imagem: Wang Jiangbo/Xinhua