Servidores municipais decretam greve em Bauru
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Servidores municipais decretam greve em Bauru
Funcionários cobram reajuste salarial de 12%, enquanto a administração municipal ofereceu apenas 6%. ler
Servidores municipais de Bauru (SP) decretaram greve na manhã desta terça-feira (4). Eles pedem um reajuste salarial de 12%, mas a prefeitura ofereceu apenas 6%, tendo como base a inflação do último ano, que foi de 5,79%.
Em assembleia realizada em frente ao prédio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm), os servidores públicos de Bauru rejeitaram em definitivo a contraproposta enviada pela prefeitura e decretaram, por tempo indeterminado, a greve.
Na última quinta-feira (30), com cartazes e carro de som, cerca de 500 funcionários participaram de uma ação para cobrar uma resposta, por parte da prefeitura, à contraproposta feita pelo sindicato da categoria, que pedia os 12% de reajuste nos salários dos trabalhadores.
Segundo o sindicato, cerca de outros mil servidores também paralisaram as atividades na quinta. Na ocasião, a Prefeitura de Bauru informou que alguns serviços da Secretaria de Educação foram afetados pela paralisação, mas não deu detalhes. Os serviços da Saúde não foram impactados.
Na época, em nota, a prefeitura disse que “o índice de reajuste concedido aos servidores neste ano, de 6% de aumento nos salários e no vale-alimentação, portanto acima da inflação acumulada no ano passado, de 5,79%, é o limite máximo que o município pode oferecer. Isso porque todos os aumentos de salário geram impacto na Fundação de Previdência dos Servidores Públicos Municipais Efetivos de Bauru (Funprev)”.
Disse ainda que a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb) “não poderá dar um reajuste acima deste índice, e ainda precisará da aprovação dos projetos de lei que a prefeitura enviou para a Câmara Municipal para readequação de receitas e despesas, de forma a cumprir este e outros compromissos”.
A nota disse ainda que, no último ano, a prefeitura concedeu um reajuste de 10,06% nos salários dos servidores e que, no atual governo, o vale-alimentação dos funcionários ativos passou de R$ 500 para R$ 1.000, e agora vai para R$ 1.060.
“A prefeitura lembra que contratou a revisão dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), e após a conclusão desta revisão, analisará como poderá melhorar os vencimentos de cada categoria”, finaliza o comunicado divulgado ao g1 na última quinta-feira.
Questionada sobre a decretação da greve, a Prefeitura de Bauru informou que a maior adesão da paralisação é na área da educação e que irá realizar e divulgar um balanço ao final do dia.
Algumas escolas suspenderam as aulas, como é o caso da Emeii Valéria Dalva de Agostinho. Em outros casos, o impacto foi na merenda, deixando alunos sem refeição. Segundo algumas mães, crianças tiveram que receber merenda “seca”, por conta da adesão da greve por parte das merendeiras.
Fonte: G1 Bauru e Marília