Um homem, de 29 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso por violência doméstica e perseguição ontem, 21 de julho, no bairro Palmital, zona Norte de Marília.

A vítima, uma mulher de 28 anos, foi até a CPJ (Central de Polícia Judiciária) e sentou para aguardar atendimento. Um dos policiais percebeu que a mulher chorava e estava bastante nervosa. O policial foi até a vítima e ela disse “é ele”.

O investigador percebeu que algo estava errado e encaminhou a vítima para dentro da unidade policial.

Na sequência, foi até o acusado – que estava sentado ao lado da vítima – e pediu que o rapaz o acompanhasse.

A moça narrou que viveu em união estável com o acusado e os dois têm uma filha de três meses. Segundo a vítima, durante o relacionamento, o autor a agredia com frequência, mas ela nunca teve coragem de registrar a ocorrência.

No dia 17 de julho, a vítima terminou o relacionamento e tentou deixar o imóvel em que residiam, mas foi impedida. O homem a ameaçou com um cabo de vassoura. A mulher acabou passando a noite na casa. No dia seguinte, ao tentar sair novamente, foi agredida com o cabo de vassoura.

Por este fato, a vítima registrou Boletim de Ocorrência e solicitou medida protetiva, que chegou a ser deferida, mas vítima e o autor não foram intimados.

Após o registro da ocorrência, a vítima deixou o imóvel. Sem aceitar o fim do relacionamento, o acusado passou a enviar mensagens, realizar ligações e perseguir a mulher.

Ontem, o homem escreveu várias mensagens para a vítima com ameaças: “eu te dou até 9h de amanhã para você voltar para casa, senão vou vender minha moto a preço de banana e comprar uma arma para te matar”.

A mulher disse que não consegue comprovar as mensagens ameaçadoras porque o acusado cancelou o envio, mas tem todas as ligações realizadas por ele.

O autor disse ainda que sabia onde a vítima estava residindo, inclusive descrevendo o imóvel. Com medo, a mulher saiu a pé, com a filha no colo e foi até a delegacia, porém, percebeu que estava sendo seguida.

A vítima conseguiu chegar à CPJ. No momento em que sentou para aguardar atendimento, o acusado chegou e sentou ao seu lado numa tentativa de intimidá-la.

O homem acabou preso. Foi arbitrada fiança no valor de dois salários mínimos a qual não foi paga. Ele passaria por audiência de custódia.