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Protestos pró-democracia podem ajudar a conter marcha autoritária

André Singer comenta atos pela democracia ocorridos no Brasil e a escalada de tensão antirracista, após a morte de George Floyd, nos EUA ler

06 de junho de 2020 - 14:00

Os protestos ocorridos no último domingo (31) em capitais brasileiras como São Paulo e Curitiba são — para André Singer — o começo de uma movimentação que, caso ganhe adesão, “pode ajudar a conter a marcha autoritária que está em curso no Brasil”. Além dessas manifestações pró-democracia, em sua coluna de hoje (4), o professor comenta os protestos que vêm tomando as ruas norte-americanas.

Os atos antirracistas e antifascistas ocorridos nos Estados Unidos em rechaço à morte de George Floyd chegaram ao Brasil no último final de semana. De acordo com Singer, devido às redes sociais e ao compartilhamento rápido de informação, a tendência é que os protestos norte-americanos se reproduzam em outros lugares do mundo. Contudo, no Brasil, “eles acabam se confundindo com uma energia represada em torno de manifestações contra o governo e pró-democracia”.

A relevância de tais protestos é dependente da quantidade de setores sociais agregados, ou seja, da parcela da população que vai para as ruas. Se antes, visto a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) por isolamento social, as movimentações eram limitadas, agora, com o relaxamento de algumas quarentenas, elas podem ganhar força, também como reflexo das ações ocorridas nos EUA.

“Nós temos o plano institucional, que envolve os três Poderes, as instituições, mas também há o plano da sociedade, que também influencia as decisões do Estado. Se protestos têm boa adesão, isso gera algum efeito institucional”, completa André Singer.

Fonte: A coluna Poder e Contrapoder, com o professor André Singer, vai ao ar toda quinta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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