A Prefeitura de Marília emitiu nota oficial à imprensa negando a versão da Superintende do HBU, Márcia Mesquita Serva Reis, sobre supostas dívidas do município com a Unimar no valor de R$ 7,7 milhões. A Prefeitura afirma que este valor “não corresponde com a verdade”. A nota afirma ainda que a dívida da atual administração é de pouco mais de R$ 2 milhões, mais R$ 1,1 milhão da administração anterior, ou seja, a dívida total seria de R$ 3,1 milhões; que havia um acordo para o parcelamento e pagamento a partir de 10 de janeiro de 2020; que o empréstimo mencionado pela superintendente na reportagem gira em torno de R$ 4,5 milhões e já foi repassado à Unimar; que lamenta a atitude da superintende em restringir o atendimento a população; e que se esta “ameaça” for confirmada, “a Prefeitura tomará as medidas necessárias e cabíveis para a população não ser prejudicada”.

Esta nota duríssima da Prefeitura de Marília foi motivada pelas afirmações de Márcia Mesquita Serva Reis, na quinta-feira (19/12), no Jornal da Manhã. Segundo ela, a dívida da Prefeitura com o hospital é R$ 7,7 milhões; que a Prefeitura “manobrou” verbas federais conquistadas por ela e, dessa maneira, deu como quitada uma dívida com recursos alheios; afirmou ainda que a Prefeitura induziu o HBU a contratar um empréstimo para amenizar a dívida do município, o qual foi fiador na operação; e que não honrou os prazos acordados para pagamentos. Diante da situação, o HBU anunciou que limitará, a partir de 27/12, os atendimentos à Saúde na UPA em mais de 30%, prejudicando à população.

É triste assistir autoridades públicas da cidade, tomadores de decisões na área da saúde, responsáveis pelos cuidados básicos pela vida de milhares de cidadãos, inclusive sobre o direito de viver ou morrer, discutirem sobre dívidas, dinheiro, sem sensibilidade humana. É hora de ambos sentarem, entrarem em um acordo, quem deve paga, quem presta serviço público faz seu trabalho. Inadmissível é a população sofrer as consequências de desacertos das autoridades.

O Marília do Bem está aberto para ouvir as versões, esclarecer o assunto, mediar o consenso e auxiliar tanto no recebimento da dívida, quanto e, principalmente, na garantia do acesso à saúde da população mariliense. O espaço está aberto para esclarecimentos de ambas as partes.