A Prefeitura de Marília enviou para a Câmara Municipal de Vereadores, em 12 de fevereiro, o Projeto de Lei 17/2020 solicitando autorização legislativa para o município

“(…) celebrar instrumento de autorização de uso da faixa de domínio com a Rumo Malha Paulista S.A. para paralelismo em nível de ciclovia e dá outras providências”.

O objetivo é utilizar o espaço da malha ferroviária urbana entre a Rua Amazonas, à partir da Galeria Atenas, até a passarela para pedestres no final da Avenida das Indústrias, onde é realizada a feira livre e eventos artísticos e culturais do município.

Esta mesma região hoje é ocupada pelo Projeto Espaço Cultural que, desde a última sexta-feira (14), vem sendo motivos de acalorada discussão pública devido a ordem de lacração de boxes de comércio popular.

O prefeito Daniel Alonso decidiu iniciar o primeiro trecho de implantação de um parque linear com ciclovia justamente nesta região. A dotação orçamentária para a obra virá de recursos advindos do próprio orçamento da Prefeitura.

Nos bastidores políticos comenta-se que a proposta, pronta desde 2017, está sendo lançada agora para amenizar o desgaste ocorrido em torno da ação da prefeitura no Projeto Estação Cultural.

Promessa de campanha ainda não cumprida

O parque linear com ciclovia é uma promessa de campanha do candidato Daniel Alonso. Além dela, o então candidato, em 2016, prometeu também a utilização da malha ferroviária para realizar a integração do transporte coletivo urbano da cidade.

Inclusive, prometeu colocar em funcionamento, ainda no primeiro mandato, que se encerra este ano, o trem de superfície para transporte de passageiros urbanos entre Lácio e Padre Nóbrega com possibilidades de extensão até Garça e Pompéia.

Diversos projetos para aproveitamento da área entre Lácio e Padre Nóbrega já foram apresentados ao prefeito no início de mandato. Provavelmente, o mais conhecido foi encaminhado no primeiro semestre de 2017 pela ONG Origem.

Temos notícia também que um pool de empreendedores e empresas do ramo de construção civil apresentou um projeto também em 2017, inclusive financiado pela iniciativa privada no início do governo e executado por famoso escritório de arquitetura paulistano.

Contudo, somente agora, depois de mais de 3 anos de mandato, em meio a um desgaste considerável advindo do Projeto Estação Cultural, o prefeito Daniel Alonso, em busca da reeleição, encaminhou proposta pronta desde 2017 e que fazia parte do rol das promessas eleitorais ainda não cumpridas.

O Marília do Bem espera que a promessa de campanha seja cumprida e que os cidadãos da cidade recebam uma obra que irá proporcionar uma reabilitação urbanística municipal de grande envergadura e importância.