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Corregedoria

Prefeitura abre processo para apurar denúncias contra ginecologista de Marília

Paciente grávida relatou que se sentiu humilhada depois que especialista foi grosseiro com ela e não a examinou ler

23 de dezembro de 2019 - 08:54

A Corregedoria Geral do Município de Marília instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar denúncias contra um ginecologista que atua na Unidade Básica de Saúde “Cascata”. O caso foi publicado neste sábado, 21 de dezembro, no Diário Oficial.

Segundo o documento, uma paciente grávida relatou que foi atendida pelo médico no final de outubro e se sentiu humilhada durante a consulta. Na ocasião, ela conta que foi questionada pelo profissional de o porquê tinha ido ao posto de saúde se já tinha passado por um médico particular anteriormente.

Ainda segundo a publicação do Diário Oficial, o médico foi irônico com ela ao dizer: “para quê você quer uma segunda opinião médica? Pois o doutor pode falar que você é gordinha e eu falar que você é gordona”.

De acordo com o documento, a mulher respondeu o médico dizendo que era o direito dela ser acompanhada por um profissional do posto de saúde.

Neste momento, ainda conforme a publicação, a paciente relata que o ginecologista aumentou o tom de voz e foi grosseiro ao dizer: “você tem o direito de ir até a ponte e pular. Você vai fazer valer o seu direito também?”.

Segundo o Diário Oficial, a paciente foi embora sem que o médico a examinasse ou conferisse seus documentos. Com isso, ela procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e registrou denúncia contra o médico.

O mesmo médico também foi alvo de reclamações de outra paciente, atendida por ele em novembro deste ano, conforme a publicação. Segundo outra paciente, como foi relatado na publicação do Diário Oficial, o ginecologista também não fez nenhum exame nela e disse que o seu caso, de incontinência urinária, não tinha solução.

Ainda de acordo com a publicação oficial, quando a mulher relatou que os exames feitos em São Paulo apontavam uma situação diferente da constatada pelo médico denunciado, o especialista se exaltou dizendo para ela esquecer a cidade de São Paulo.

Considerando o histórico de denúncias efetuadas contra o médico na Ouvidoria Geral do Município, a prefeitura decidiu instaurar processo administrativo por suposta infringência. Segundo a portaria, já foram registradas pelos menos dez reclamações contra o médico.

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