O prefeito Daniel Alonso, aos poucos, vai apresentando sua estratégia pró-reeleição por meio de comentários em eventos políticos e na mídia mariliense, principalmente na página AgitoS do Jornal da Manhã.

Em 8 de fevereiro de 2020, durante reunião regional do PSDB, com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin, Daniel profetizou:

“Tenho certeza e convicção: irei derrotar o maior inimigo desta cidade com 70% dos votos na urna”.

Na sexta (7), o prefeito ligou para a Coluna AgitoS do Jornal da Manhã e, sobre a eleição de vereadores, afirmou não estar preocupado com uma possível debandada da sua base parlamentar e que seu foco é derrotar Abelardo Camarinha com 70% dos votos.

Segundo Daniel, a explicação para a debandada não preocupar é a característica da eleição de 2020. Para ele, a ausência de coligações dificulta a montagem de chapa. Portanto, ele “liberou geral” os vereadores da sua base política na Câmara para filiarem-se a partidos onde tenham mais chances de reeleição.

Justificou a postura com a afirmação:

“Não sou um ditador político como Abelardo. A liberação é mais um sinal democrático, afinal, todos merecem a chance de se reelegerem”.

Completou o raciocínio “lembrando” que vereador no cargo “jamais fará oposição radical ao prefeito eleito”.

Enquanto isso…

Enquanto o Prefeito Daniel Alonso anda “filosofando” sobre “espertezas” eleitorais, a oposição liderada por Abelardo Camarinha vem trabalhando duro em “inteligência” eleitoral para organizar uma chapa de vereadores com mais de 100 candidatos com alto nível de apelo popular.

A lógica implícita na disputa da reeleição sugere que a vantagem é ter “munição” para “armar” o time no processo eleitoral e obter apoio significativo na sociedade contra os adversários.

Candidatos fora da máquina pública não possuem esta vantagem comparativa, a qual Daniel Alonso está abrindo mão. Sua “inteligência de campanha” parece ter esquecido que se faz Política em grupo.

Por falar em montagem de grupo político

O problema é que quando se trata de formar grupo político, o Prefeito Daniel Alonso não é um expert. Ele “abandonou” praticamente todo seu grupo das campanhas de 2012 e 2016.

Basta observar como tratou o Tato (PMDB), vice-prefeito; a traição ao vereador Delegado Damasceno (PSDB) em 2018; o vereador Queiroz (PSDB), que tornou-se mais feroz do que qualquer vereador de oposição; entre outros.

Isto sem falar nos diversos apoios que Daniel Alonso perdeu na sociedade, tais como os servidores públicos municipais; os aposentados e pensionistas do IPREMM; as Rádios Itaipu e Clube, as quais eram controladas por aliados do prefeito; a Legião Mirim; o Grupo Fé e Política; o Coletivo “Somos Loucos para ver uma Marília Melhor”; o Projeto Estação Cultural; as diversas lideranças nos bairros; a OSCIP Marília Transparente; o Observatório da Gestão Pública; etc.

Sem falar em indivíduos representativos de segmentos sociais e políticos que estiveram com Daniel Alonso e, muito provavelmente, não apoiarão ele em 2020. Dentre eles, o Padre Edson; Rene Fadel; Rabih Nemer e família; o Coronel Sugar Ray; o professor Beto Cavalari, ex-secretário da Educação; a modelo Alessandra Berriel; o professor universitário Marcelo Fernandes; o Coletivo “Somos Loucos para ver uma Marília Melhor”, o qual tem como integrantes Ronaldo Machado, Renato Lara e Corbi Braga; diversas lideranças empresariais e do comércio de Marília; lideranças no setor médico-hospitalar etc.

Daqui em diante, a disputa será acirrada pela cadeira do 2º andar da Prefeitura de Marília. Nós, eleitores, vamos precisar de muito estômago, serenidade e inteligência emocional para realizar a melhor escolha para a cidade. Que Deus nos Ajude!