O prefeito Daniel Alonso (PSDB) comunicou ontem, 15 de abril, que não receberá seu subsídio salário enquanto durarem as medidas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O subsídio salário de prefeito é de R$ 16.694,76. Já o do vice-prefeito é de R$ 11.130,32. Os vereadores recebem R$ 6.718,12, enquanto o presidente da Câmara, R$ 7.089,22.

Membros da sociedade brasileira vêm defendendo há bastante tempo que os políticos adotem medidas de corte de seus próprios salários e assessores. Marília não é diferente. Alguns prefeitos da região de Marília já haviam comunicado sobre esta decisão.

Entre eles, o prefeito de Lins, Edgar de Souza, cortou seu salário e de assessores em 30% nos próximos três meses. Já o prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado, também cortou seu salário em 50%.

Além disso, enviou um projeto de lei a Câmara Municipal para reduzir despesas em 25% com salários de secretários, bem como aproveitou o momento para promover uma reforma administrativa diminuindo o número de secretarias, cargos comissionados e despesas gerais.

Seguindo o exemplo, ainda que tardiamente, o prefeito Daniel Alonso afirmou que

“Vamos enfrentar momentos difíceis por conta da crise e precisamos fazer gestos de extrema economia no poder público, vamos iniciar por quem lidera”.

Tempo difícil

Alinhado ao discurso do prefeito Daniel Alonso, com exclusividade ao Marília Notícias, o Secretário da Fazenda Levi Gomes afirmou que houve uma queda de 56% dos repasses federais e estaduais para a prefeitura de Marília.

Lembrou ainda que a prefeitura de Marília, a contragosto dele, adotou medidas contra a pandemia do novo coronavírus que postergaram a cobrança de diversos impostos municipais para o segundo semestre de 2020. E que esta situação trará impactos na capacidade financeira do município em arcar com suas responsabilidades cotidianas.

“Isso é para termos uma ideia da dificuldade que vamos enfrentar, a dificuldade que todas as prefeituras enfrentarão, daqui para frente, para honrar o custeio, as despesas básicas”.