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Denúncia

Prefeito Daniel Alonso teria ordenado ataques com “milícia das redes sociais”

Em suposta troca de mensagens com assessor, prefeito manda "rebater na hora" críticas a seu governo por meio das "milícias digitais" ler

02 de março de 2020 - 16:49

A equipe do Marília do Bem recebeu uma denúncia anônima, por meio do número de WhatsApp da redação, noticiando a existência de uma rede de produção e distribuição de conteúdos em redes sociais, incluindo fake news, a pedido do prefeito Daniel Alonso.

Conforme nossa reportagem insistia em provas, a fonte foi apresentando seguidas capturas de tela de um celular* com supostas mensagens trocadas entre integrantes do primeiro escalão da Administração Municipal que comprovariam a denúncia.

As mensagens

Nas imagens apresentadas na denúncia, aparece uma suposta conversa entre um assessor e, possivelmente, o próprio Prefeito Daniel Alonso, no dia 10 de julho de 2017. Nelas, este assessor explicaria o motivo de um vídeo do ex-prefeito Vinicius Camarinha com acusações a seu governo.

Segundo o suposto assessor, o chefe de gabinete Márcio Sposito e o então Procurador Geral do Município, Alysson Alex Souza e Silva, hoje assessor especial do governo, teriam ordenado que ele fosse até o Posto de Saúde do Jânio Quadros para resolver a questão de uma reunião ocorrida com o ex-prefeito dentro do prédio público no horário de trabalho.

 

O assessor teria informado ao prefeito Daniel que, ao chegar lá e buscar apurar a motivação da ida do ex-prefeito à unidade, o servidor municipal teria se exaltado e causado tumulto, agredindo a então Secretária de Saúde, Kátia Ferraz Santana.

Ele diz que apenas a havia defendido das agressões verbais do rapaz e da tentativa dele de desmoralizar a Administração. Teria ainda negado o uso de truculência e violência.

Este episódio teria rendido um pedido de investigação sobre assédio moral a servidor e uma resposta do ex-prefeito Vinicius, que acusou a administração Daniel Alonso de adotar “postura autoritária” sobre um trabalhador da saúde que havia sido “ameaçado e humilhado” no local de trabalho. Diante do fato, Vinicius disse:

“Prefeito, você tem tomado essa postura de perseguir as pessoas. (…) Se for ter esta postura, tome-a contra mim”.

Em 11 de julho de 2017, pela manhã, o prefeito Daniel Alonso teria afirmado em outra mensagem ao mesmo suposto assessor:

“Bom dia. Não vou me expor nesse vídeo do Vinicius. Porém devemos ter pessoas fazendo isso por nós, de forma sistêmica e incisiva. Nós vencemos uma eleição contra bandidos que não vão abandonar fácil o osso. Eles ficam 24 horas maquinando como nos derrubar”.

Em outra mensagem, o prefeito Daniel Alonso orienta o assessor:

“O esgoto filho para mim é o que mais causa estrago pq a abrangência dele é no povão e não temos como rebater na hora”.

Provavelmente, “esgoto filho” seria uma referência ao jornalista Giroto Filho da Rádio Jovem Pan Marília, o qual tem postura crítica ao governo Daniel Alonso desde a primeira hora do mandato.

O posicionamento crítico do jornalista teria conduzido o prefeito Daniel Alonso a concluir sobre seus laços com a família Camarinha, considerada na mensagem como “bandidos que não vão abandonar fácil o osso”. Mais tarde, em vídeo, Daniel confirma essa desconfiança.

Como podemos observar na imagem acima, depois dessas considerações, o prefeito Daniel Alonso ordenou:

“Insisto na milícia das redes sociais”.

Milícia

O termo milícia se refere a existência de tropas auxiliares em caso de guerra. Neste contexto, mais à frente, veremos que o prefeito acreditava estar em guerra contra inimigos políticos da sua gestão.

Além disso, no contexto brasileiro, o termo é utilizado para classificar grupos ilegais que atuam paralelamente ao poder público garantindo proteção e cobrando taxas extorsivas para efetuar seu serviço.

Em qualquer circunstância, o termo é pejorativo, aponta ilegalidades associadas ao mundo da criminalidade.

Um novo tom

A resposta da administração Daniel Alonso neste episódio ocorreu no dia 18 de julho de 2017. Por meio de um vídeo montado pela equipe do prefeito em seu gabinete na Prefeitura, o qual foi chamado de Luz x Trevas, Alonso parece dar o tom a que sua comunicação deverá seguir.

Neste vídeo maniqueísta, viralizado nas redes sociais, o prefeito afirma, entre outras coisas, que o mundo é binário entre as forças do bem e as forças do mal. A luz seria ele, e as trevas, todos os adversários e críticos do governo, principalmente a família Camarinha e seus asseclas, tais como Giroto Filho, Rádio Jovem Pan, Rádio 950 e Jornal O Dia, nominando-os.

Este vídeo teria sido a primeira experiência do governo na elaboração de respostas rápidas, “sistêmicas e incisivas” na lógica de “milícias das redes sociais” para responder aos inimigos do seu governo.

A narrativa do governo Daniel Alonso estaria pronta (Nós x Eles) e justificaria a manutenção de milícias de rede social para combater o mal, as trevas que atacava sua Administração. Inclusive o rebaixamento do debate político ao maniqueísmo, claro neste vídeo, pode ser considerado fake news (notícia com uso premeditado de inverdades), se assemelhando, por exemplo, ao modus operandi do Bolsonarismo.

Tratava-se, a partir daí, de organizar a equipe de montagem de conteúdo e de preparar sua distribuição na lógica viral para atingir os inimigos na cruzada “danielesca” entre o bem e o mal.

O outro lado

Procurada, a Assessoria de Imprensa da Administração Municipal do governo Daniel Alonso não retornou, até o fechamento desta reportagem, o e-mail enviado pela redação do Marília do Bem para se posicionar sobre o caso. Contudo, nos colocamos à disposição para publicar os devidos esclarecimentos aos nossos questionamentos, como a confirmação da existência dessas conversas e a postura de comunicação nas redes sociais adotadas pela gestão.

O deputado estadual Vinicius Camarinha, questionado sobre as supostas acusações, respondeu à nossa redação:

Mostra que o prefeito não gosta de trabalhar. Fica nas fofoquinhas nas redes sociais. Inclusive com uso da máquina obrigando servidores públicos a fazerem essa guerra suja. Eu sigo trabalhando. Quanto às baixarias, vou recorrer à justiça.

Giroto Filho e Abelardo Camarinha, outros citados nas imagens, também não nos responderam até a finalização desta matéria.

* As nossas marcas d’água foram inseridas na pós-edição da reportagem e estas não prejudicam a reprodução do material e seu conteúdo, recebido na denúncia.

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