Nos últimos meses de 2024, tragédias aéreas em várias partes do mundo, como a queda de um avião em Gramado, no Rio Grande do Sul, e outros incidentes na Coreia do Sul e no Cazaquistão, levantaram uma questão alarmante: por que tantos aviões estão caindo?

Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), da Força Aérea Brasileira, 171 acidentes aéreos foram registrados em 2024, com 41 deles resultando em fatalidades. A média anual de acidentes na última década, desde 2014, é de cerca de 157, com exceção dos anos de 2014 e 2015, que apresentaram números mais altos. A maior parte desses acidentes envolve aeronaves de pequeno porte, com capacidade para 1 a 2 pessoas, que representam 56 dos 171 casos registrados em 2024.

O que realmente se destaca este ano não é apenas o número de acidentes, mas a quantidade de vítimas fatais. Com 149 mortes registradas, 2024 marca o maior número de fatalidades da década, representando um aumento considerável em comparação com 2023, que teve 77 mortes – uma alta de aproximadamente 93,5%.

Esses números não são exclusivos do Brasil. Tragédias aéreas semelhantes ocorreram também em outros países, como a queda de aviões na Coreia do Sul e no Cazaquistão, gerando preocupações sobre a segurança na aviação global. Embora o número total de acidentes aéreos não tenha aumentado de forma alarmante, o aumento das fatalidades nos últimos meses sugere uma série de fatores comuns, como falhas mecânicas e erro humano, que têm impactado tanto aeronaves comerciais quanto de pequeno porte em diversas regiões do mundo.

Apesar dos casos recentes, a aviação continua sendo um dos meios de transporte mais seguros. Em 2024, cerca de 789,3 mil voos domésticos ocorreram no Brasil, o que resulta em uma probabilidade de apenas 0,0217% de envolvimento em um acidente.

Esses acidentes podem ser atribuídos principalmente a três fatores: erro humano, falha mecânica e condições climáticas. Embora 80% dos acidentes aéreos estejam relacionados ao erro humano, no Brasil, muitos ocorreram devido a falhas ou mau funcionamento do motor. De qualquer forma, a aviação continua sendo uma opção segura. Viaje tranquilo!

Redação: Diogo A. Cirillo

Revisão: Luísa Guena

Reprodução de Imagem: Issa Tazhenbayev/AFP