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Por que sou contra a concessão do DAEM?
A concessão vai encarecer o preço da água e do esgoto à população e incentivar empresas locais a irem embora da cidade ler
O DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília) é um patrimônio da cidade. Ele serve à todos nós desde 1966 quando foi criado pelo então prefeito municipal Armando Biava (1964-1969), que também foi vice-prefeito (1983-1988) e presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (ACIM/1961-1963).
Biava foi visionário. Ele compreendeu a importância estratégica da distribuição de água com preço justo como mola mestra do desenvolvimento econômico da indústria da alimentação e da siderúrgia de Marília. Percebeu também que água encanada é qualidade de vida, economia em saúde e também fonte de renda à Prefeitura.
A indústria da alimentação e da siderurgia mariliense tem sua vantagem competitiva no DAEM. A política de preços de água sustenta o desenvolvimento econômico e social da cidade. São milhares de empregos gerados à população por empresas como Coca Cola, Marilan, Dori, ZDA/Bel, Cacau Foods, Carino, Nestlé, Sasazaki, Ikeda, Estruturas Metálicas Brasil, Marcon, Brunnschweiler Latina, etc.
Os salários e a renda fixa de boa parte das famílias de Marília e empresas menores terceirizadas vem exatamente dessas industrias. Elas ainda recolhem o grosso dos impostos estaduais (governo de São Paulo) e federais (Brasília). Parte desses impostos, retornam para a Prefeitura de Marília como repasses que são investidos em educação, saúde, segurança e infra-estrutura em prol da população, de cada um de nós.
A concessão do DAEM vai aumentar as tarifas de água e esgoto. A população vai pagar mais para ter água e as empresas vão repassar este aumento para os produtos. Vai aumentar o custo de vida do povo e diminuir a capacidade competitiva da indústria de alimentação e siderúrgia do município.
Resultado: menos dinheiro para o consumo das famílias e empresas indo embora para cidades que garantam água barata. Menos emprego, mais empobrecimento, menos impostos, menos dinheiro para a Prefeitura cuidar da população.
O ciclo virtuoso criado por Biava será destruído pela concessão do DAEM que o prefeito Daniel Alonso quer fazer. Os motivos não estão claros e não estão sendo debatidos com a sociedade. Falta transparência e boa fé na condução da concessão, a qual está sendo feito “nas coxas”.
A concessão de água vem dando errado em várias cidades do Brasil e do mundo. Estamos há 15 dias de uma eleição geral que definirá os rumos do país. O adequado é esperar. O DAEM precisa é de um projeto inteligente para os próximos 30 anos para manter a cidade bem abastecida de água de qualidade e barata em benefício da população e das industrias locais.