Nesse domingo, a Igreja Católica celebra o Domingo de Ramos, precedendo a Semana Santa, relembrando os desdobramentos bíblicos que apontam a chegada de Jesus em Jerusalém (Lucas 19, 28-40).

Em detalhes, Lucas descreve Jesus em Jerusalém sendo recebido por uma multidão que clamava “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor. Paz no céu e glória nas alturas”, com Jesus montado em um jumento e recebido como Messias, o enviado por Deus.

Em síntese dos relatos históricos da Paixão de Cristo relatados nas passagens das escrituras na ordem dos fatos, vemos a “Unção de Betânia” onde Jesus é ungido por Maria, irmã de Lázaro, quando ela se utiliza de perfume para ungir os pés de Jesus.

Em outro momento, a “Entrada de Jesus em Jerusalém”, como mencionado no trecho anterior, Jesus montado no jumento cumpre o que está descrito nas profecias messiânicas celebradas nesse domingo de ramos.

Seguindo o momento da “Celebração da Última Ceia”, também conhecido como celebração do “lava-pés”, Jesus celebra a Páscoa com seus discípulos instituindo a celebração da Santa Eucaristia. Nessa passagem, vemos a demonstração de humildade e serviço, colocando a importância de ser altruísta em relação próximo.

Ainda sobre a última ceia, Jesus anuncia aos discípulos a traição de Judas Iscariotes, em troca de moedas de prata. Após anunciada sua morte, vai ao Jardim do Getsêmani, também conhecido como monte das Oliveiras, lugar escolhido por Jesus onde o próprio expressa suas angústias e sofrimentos. Jesus pede aos seus discípulos vigilância e prudência, pois ambos encontravam-se dormindo.

Na sequência, Jesus é preso pelos soldados romanos e guardas do templo, julgado por Pôncio Pilatos e Herodes, que decretaram sentença à crucificação de Jesus. Em memória, é celebrada a Sexta-feira Santa.

Sob flagelos e o caminho da crucificação, Jesus é açoitado e obrigado a carregar a cruz. Em suas últimas palavras pronunciadas, ele relata a condição de abandono e perdão dos pecados de toda humanidade assim expressa: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt, 27.46).

Sobre a perspectiva católica, a Semana Santa é semana crucial e importante. Com o fim do tempo quaresmal na quinta-feira, culminando no domingo da Páscoa. O ápice do tríduo pascal relata toda trajetória de Jesus nos seus últimos dias aqui na Terra.

Assim, somos convidados a refletir sobre nossas ações e condutas. Nas palavras do Papa Francisco, o pontífice menciona que o tempo pascal ajuda a confrontar diversos aspectos na nossa vida com relação aos nossos inimigos, em suma, nas palavras de Jesus: “Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem”.
Somos convidados, assim como Jesus, a orar por aqueles que nos perseguem e desejam nosso mal. E sob o olhar misericordioso do Deus Filho, somos convidados a fazer o mesmo, desejar o bem, rezar pedindo pela libertação e a misericórdia.

Danieli Cardozo Mestre em Educação, pedagoga, professora e cientista social com toda tragetória acadêmica realizada na Unesp.