Anunciado como novo técnico do Corinthians na última quinta-feira (19), o técnico Cuca (Alexi Stival) tem acusações em sua ficha que o impossibilitariam de assumir o comando técnico do clube. O técnico curitibano é acusado de ter cometido ao lado de três companheiros quando ainda era jogador, o estupro de uma menina de 13 anos na Suíça.

O crime teria acontecido no ano de 1987 em uma viagem do Grêmio, clube que defendia à época. Cuca foi liberado depois de ter passado um mês em detenção, porém logo após a decisão foi condenado a 1 ano e 3 meses de prisão, que não foram cumpridas pois o jogador já se encontrava no Brasil e o país não permite a extradição dos seus nacionais. Assim, o então treinador não cumpriu a pena do suposto crime.

Toda a polêmica e a repercussão do anúncio de Cuca como novo treinador do Alvinegro paulista se devem a um motivo muito simples: O Corinthians desde sua fundação em 1910 sempre foi conhecido como um clube totalmente ligado as causas sociais, principalmente aquelas que defendem as minorias e os mais vulneráveis na sociedade.

Como exemplo disto, temos a mobilização de repercussão nacional na década de 80 contra o regime militar no Brasil por meio da campanha “Democracia Corinthiana” e mais recentemente a campanha pela valorização e o reconhecimento das mulheres torcedoras e jogadoras do Corinthians com o “Respeita as Mina”, muito valorizado dentro da torcida.

Levando tudo isso em conta, fica mais do que claro que a contratação de um técnico com este perfil soma-se a mais uma das inúmeras falhas das gestões recentes do clube tanto administrativamente quanto no compromisso e na fidelidade com os valores e tradições históricas da instituição.

Ficando evidente o total desrespeito e desconsideração, sobretudo pelas torcedoras femininas do clube que compõe 53% da sua torcida. E que apesar de se intitular como o “Time do Povo”, vende seus produtos oficiais por preços inacessíveis a grande parcela dos seus torcedores, os induzindo a aquecer o mercado pirata no país.