A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta segunda-feira (13), seu parecer no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O órgão pediu a condenação dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, acusados de serem os mandantes do crime, e do ex-delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio, suspeito de atrapalhar as investigações.

Segundo a PGR, há provas suficientes para comprovar que os Brazão encomendaram o crime por motivações políticas, devido a supostos atritos com Marielle. Já Rivaldo Barbosa, que assumiu a delegacia no dia do assassinato, teria agido para proteger os envolvidos. O parecer foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará o caso.

As investigações apontam que o executante do crime foi o ex-policial militar Ronnie Lessa, que já está preso. Ele e outros acusados, como o também PM Élcio Queiroz, foram denunciados anteriormente. O caso, que completa sete anos em 2025, só avançou após a delação premiada de Lessa, que revelou os supostos mandantes.

A defesa dos irmãos Brazão nega as acusações e afirma que não há provas concretas contra eles. Já os advogados de Rivaldo Barbosa alegam que ele atuou com transparência nas investigações. O STF ainda não marcou a data para o julgamento, que deve ocorrer nos próximos meses.

O assassinato de Marielle, em março de 2018, chocou o país e se tornou símbolo da violência política e da impunidade. A pressão por justiça aumentou nos últimos anos, e a expectativa é que o processo avance após o pedido de condenação da PGR.

Familiares de Marielle e Anderson acompanham o caso de perto e esperam que a decisão judicial traga, finalmente, uma resposta sobre quem ordenou o crime e por quê. A comoção em torno do caso mantém viva a memória da vereadora, cujo legado segue inspirando movimentos sociais e políticos no Brasil.

Redação: Guilherme Silva Domingues

Revisão: Ruan Cezar Barbosa

Reprodução de Imagem:  Portal da Câmara dos Deputados