É importante entender as decisões de quarentena e, portanto, suspensão das atividades econômicas não essenciais, a partir da relação entre saúde e administração pública.

1. Se uma das principais peculiaridades do Covid-19 é a alta capacidade de transmissão, podendo causar, segundo os profissionais da saúde, uma sobrecarga ao aparato de saúde, o que está claro com as decisões de quarentena é ganhar tempo para que os hospitais se preparem minimamente para as internações daqueles casos que as necessitem… o dito “achatando a curva de contágio”.

2. Por isso é importante manter um olho aberto nas ações da administração pública e seus gargalos: serviços de teste e divulgação dos seus resultados, compra de testes rápidos e montagem de hospitais de campanha, de um lado, pacotes econômicos de emergência e agilidade e transparência na transferência para as contas das pessoas e empresas, compras governamentais fora do poderio dos cartéis etc., de outro… o dito “faça, faça rápido e sem maracutaia”.

3. A cidade de São Paulo inaugurará hospitais de campanha no Pacaembu e no Anhembi nos próximos dias, com cerca de dois mil leitos… Rio, no Maracanã, em duas semanas… e por aí vai… movendo, no futuro próximo, com a estrutura mais preparada, para a “imunidade de rebanho”? Volta pra casa um e consulta os profissionais de saúde que estão se baseando na ciência, antes de se empolgar com o fim da quarentena…

Notícia boa: Primeiro lote de testes rápidos chegou agora há pouco ao Brasil… precisa e virá mais!

Precisam fazer e fazer rápido… Olho aberto nos gestores públicos! Principalmente naqueles que tumultuam e ou ficam indo e vindo em decisões sobre a quarentena…

Beto Cavallari Professor, administrador e autor. Interessado nas possibilidades remanescentes para a experiência educativa no século XXI, mas também na criação de novas possibilidades, especialmente por meio da relação entre a prática de ensino, a teoria pedagógica e as novas tecnologias.