PCC: entenda como surgiu e como funciona uma das maiores facções do Brasil
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Conheça o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil ler
Fundação do PCC
O Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil, teve sua origem ligada ao Massacre do Carandiru, em 1992. Na época, o sistema prisional brasileiro estava superlotado e em condições desumanas, o que contribuiu para uma rebelião generalizada no cárcere.
A fundação oficial do PCC ocorreu em 1993, no presídio conhecido como “Piranhão”, durante uma briga entre presos. O grupo foi formado por oito detentos, incluindo figuras como Geleião, Misa e Marcola, que mais tarde se tornaria o principal líder. A proposta inicial do grupo era criar uma união entre os presos contra o sistema carcerário violento e caótico, porém, com o decorrer do tempo, os objetivos da facção se estreitam somente a lucro.
Consolidação e Primeiras Regras Internas
Com o tempo, o PCC estabeleceu um estatuto com regras que proibiam a violência entre seus membros e buscavam garantir respeito e apoio mútuo. Apesar disso, as autoridades subestimaram a força da organização até 2001, quando ocorreu a Megarrebelião, que envolveu 29 presídios e mais de 30 mil presos, marcando a presença nacional do grupo.
A rebelião gerou forte reação do Estado, com a criação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que isolava lideranças em presídios de segurança máxima. No entanto, a repressão gerou mais tensão e culminou, em 2006, em uma série de ataques violentos contra agentes públicos, motivados por ações abusivas da polícia e transferências de membros da facção.
Ataques de 2006 e Consolidação de Marcola
Os ataques de 2006, iniciados no Dia das Mães, mostraram a capacidade de articulação e comando do PCC, com rebeliões em 84 presídios e quase 500 mortes em uma semana. O evento consolidou a liderança de Marcola e evidenciou um racha interno entre ele e Geleião, divergindo quanto ao uso do terror como estratégia.
Nova Estrutura Organizacional: As Sintonias
Após esse período, Marcola reestruturou a facção com uma nova lógica organizacional. A liderança passou a ser descentralizada e baseada em sintonias, núcleos responsáveis por diversas áreas: liderança geral, apoio a presos, administração financeira e expansão do grupo para outros estados e países.
As sintonias eram divididas em: liderança (como a Sintonia Final Geral e Sintonia da Rua), apoio social (como a Sintonia da Ajuda e Sintonia do Ônibus), administração e finanças (como a Sintonia do Cadastro e da Cebola), e disciplina. Essa estrutura permitiu ao PCC manter controle interno e ampliar sua atuação para o exterior, com tráfico de drogas e outros crimes transnacionais.
Mesmo com essa organização, o grupo passou a atuar de forma distinta dentro e fora de São Paulo. No estado, onde domina amplamente, o PCC funciona quase como um regulador da “ordem” nas periferias. Já em outras regiões, enfrenta confrontos constantes com facções rivais, como o Comando Vermelho.
Conclusão
Por fim, a força do PCC já está além da sua capacidade de unir presos, oferecer suporte a seus membros e manter uma estrutura organizada. A organização da facção já alcança âmbitos internacionais do narcotráfico. Apesar de seu discurso de igualdade e coletividade, a facção passou por disputas internas e adaptações estratégicas, que mostram sua evolução como um ator relevante no cenário do crime organizado no Brasil e fora dele.
Além disso, para concluir, é importante ressaltar que, por mais que a facção se mantenha e se legitime através de seus discursos e rebeliões, é uma organização que não só fortalece o sistema caótico do sistema carcerário, como também reforça toda a vulnerabilidade já causada pelo Estado.
Revisor: Karini Yumi
Reprodução de Imagem: ANDRESSA ANHOLETE (AFP)/EL PAÍS